Lua cheia do meu sertão

Por Francisco de Chagas Felipe
Meu sertão, quando for lua cheia,
Quero te ver desenhando na areia
O rosto do meu acalentado silêncio.
Depois, banha de luz o beijo dado
Na pele macia da rosa enlouquecida.
Meu rio, leva-me contigo nessas águas
De esperança. Quero descer no teu leito.
E sentir a ternura da possível travessia.
Meu barco, traze-me a luz dessa ilusão.
E que meu canto sempre seja de gratidão
A quem tanto entreguei as doces cantigas
A quem na estação me ofereceu a razão
De um ponto final nessas loucas partidas.
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