40 anos do atentado do RioCentro é tema de live com procurador Antônio Cabral, do jornalista José Casado e do autor da biografia de João Figueiredo

Os verdadeiros responsáveis pelo atentado do Riocentro. Entrevista especial com Jair Krischke -

Foto: Instituto Humanitas Unisinos – IHU

Evento virtual será no dia 29 de abril, às 19h, com mediação de Leonardo Cazes, no canal de YouTube do Grupo Editorial Record

 

Cerca de 20 mil pessoas estão no RioCentro na noite de 30 de abril de 1981 para assistir um show de música popular em homenagem ao Dia do Trabalhador. Uma bomba explode num Puma no estacionamento do centro de convenções, matando o passageiro, um sargento do Exército, e ferindo o motorista, um capitão paraquedista. Os dois militares tinham a intenção de causar tumulto e, desta forma, atrapalhar o processo de reabertura que estava em curso. Passadas quatro décadas, o episódio ainda desperta debates sobre o papel das Forças Armadas e os reais mandantes do atentado.

 

Para debater o tema, nos 40 anos do atentado que poderia ter mudado o curso da História recente do Brasil, a Editora Record convida o advogado Bernardo Braga Pasqualette, autor de Me esqueçam, biografia do ex-presidente João Figueiredo, o Procurador da República Antônio Cabral, responsável pela reabertura do caso, e o jornalista José Casado para conversar sobre o tema nesta quinta (29), às 19h, no canal de YouTube do Grupo Editorial Record. O debate será mediado pelo jornalista Leonardo Cazes.

 

SOBRE ME ESQUEÇAM: FIGUEIREDO – A BIOGRAFIA DE UMA PRESIDÊNCIDa antagônica combinação entre desejo e realidade, emana o caráter sui generis de João Baptista Figueiredo, último presidente a comandar o Brasil durante o regime militar. Apaixonado por equitação, certa vez confessou preferir os cavalos ao próprio povo que jurara servir, o que diz muito sobre a sua controversa personalidade.

Em meio a declarações erráticas e frequentes oscilações de humor, agravadas em decorrência de problemas cardíacos, Figueiredo levou adiante o processo de abertura política e, entre bombas e atentados, cumpriu o que prometera em sua cerimônia de posse: “Hei de fazer desse país novamente uma democracia.” Fez. Tendo anistiado adversários políticos, foi incapaz de anistiar a si próprio e bateu a porta pedindo publicamente que o esquecessem.

O esquecimento pretendido por Figueiredo, entretanto, privaria o país da memória de um dos períodos mais controvertidos da vida política nacional – o capítulo final da ditadura militar.

Se biografias costumam retratar de forma cronológica a vida do personagem biografado, Me esqueçam: Figueiredo trilha caminho distinto: dedicando-se ao período compreendido entre 1979 e 1985, busca detalhar a complexa persona do protagonista do ocaso do regime militar. Para isso, o autor, Bernardo Pasqualette, se debruçou sobre diversas fontes de pesquisa, inclusive documentos da época e registros de processos judiciais. Realizou também dezenas de entrevistas com pessoas que conviveram de perto com o ex-presidente, como José Sarney, Delfim Netto, Fernando Henrique Cardoso, Ernane Galvêas, Carlos Langoni, Alfredo Karam e Elio Gaspari, entre outros.

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