A HISTÓRIA COMO DEVE SER 

 

Por Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto 

A diferença da História está entre o que realmente ocorreu e o que os órgãos do poder e do ensino realmente transmitem. A necessidade de se investigar através de fontes de outros países não deixa de ser importante para se dar veracidade, ou não, às fontes locais. 

O ensino da História é influenciado pela herança que vem de discursos patrióticos e nacionalistas que deturpam a realidade, criando-se assim uma série de mitos e ideias, sendo difícil escrevê-la sem essas influências, tem que se levar em conta que o bairrismo prejudica a verdade e o conhecimento. 

Muitos costumes estão sedimentados no dia a dia da população e eles influenciam diretamente, não sendo fácil contestá-los. A força dessas ideias termina criando mitos, como é o caso da Escola de Sagres, que se transformou em uma construção, quando na realidade é um pensamento que assentou a base da expansão marítima e estudava astronomia, geografia e cartografia para o preparo e ensino da técnica aos navegadores da época dos descobrimentos portugueses. Na construção do conhecimento é necessária a interligação entre as diversas ciências para que determinado conceito e seu desenvolvimento sejam analisados de forma correta e que seja imparcial. 

As comemorações dão muitos pretextos para se publicar, divulgar e discutir ideias e assim se dar um sentido histórico aos fatos compartilhando conhecimentos. A memória pode ser deturpada e o escritor deve ter espírito aberto para escrever para pessoas, sem fanatismo. 

A polêmica em torno dos Descobrimentos e a herança do passado colonial fecom que muitos tivessem dificuldade de ver esse passado. Não se pode associar nem levar a História ao pensamento político ou pessoal. No passado colonial houve coisas e eventos que resultaram em um projeto de domínio, e nesse tempo ocorreram os Descobrimentos. 

O aprimoramento na construção de navios, no estudo da astronomia, geografia e cartografia, fez com que tanto os portugueses, quanto outros europeus, participassem de expedições marítimas, contribuindo assim para essa grande empresa que foi a navegação. Os empreendimentos eram financiados sobretudo por agentes privados, mas com a participação de agentes portuários, gente de diversas categorias que contribuíam com seus conhecimentos, mas sempre dependendo do governo central, o Rei. 

Na História mundial a figura mitológica do português D. Henrique é real, misteriosa e objetiva, porque foi um dos pilares dos que contribuíram para o desenvolvimento das navegações e dos descobrimentos, apoiado por D. João I, do regente D. Pedro e D. Afonso V. A exploração da costa ocidental africana, a instalação da Fortaleza de S. Jorge da Mina, o domínio das águas oceânicas, constituíram objetivos muito claros para o plano da Índia, sendo o mar o caminho para uma a globalização. 

Portugal em determinado período foi protagonista e esteve na vanguarda dos primeiros movimentos de transformação do mundo a partir do século XV até o início do século XVII, mas é impossível descartar o papel que desempenhou com a Espanha nesse processo histórico, sem esquecer outras nações com as quais viveram experiências comuns. 

Em bibliotecas e arquivos nacionais há milhões de documentos importantes da História da Humanidade, que ainda não foram estudados para que tenhamos condições de nos aproximar da verdade histórica. 

História é cultura, é arte, é literatura e, é a forma de se construir o futuro com a experiência do passado. 

Compartilhe:

Comentários (12)

  • Alexandre Magno de Montenegro Miranda Responder

    Simples, conciso e claro, porém bem esclarecedor

    14 de julho de 2020 at 10:04
    • Manoel Neto Responder

      O processo de reconstituição da imagem da História na memória coletiva não se fez sem sobressaltos, porque novos conceitos impactam. Para Portugal, A chegada de Pedro Álvares ao Brasil foi o evento secundário que marcou o fim de um milênio. Infelizmente os gestores, quando se trata de História, só pensam em comemorações porque nelas podem aparecer à custa do erário. Procuro nas minhas pesquisas analisar os acontecimentos mergulhando na época, para compreender como pensavam. Nos meus artigos, procuro colocar o que penso em textos curtos e objetivos, mas muitas das vezes isso não é possível.
      Pesquiso, mais profundamente, sobre História desde 2015, de uma forma mais profunda e, felizmente tenho a ajuda da Internet para visitar instituições tanto no Brasil como em outro países no que se refere aos séculos XV e XVI. Desculpem-me se esta resposta vai para vocês todos com o mesmo texto – CTRL C >>> CTRL V – ?

      14 de julho de 2020 at 12:12
  • RAFAEL FORMENTON CITA Responder

    Estimado Manoel, parabéns pelo artigo… O Brasil e a História do seu povo merecem novos, empolgantes e verdadeiros capítulos… estamos juntos nesta jornada!!!

    11 de julho de 2020 at 22:58
    • Manoel Neto Responder

      O processo de reconstituição da imagem da História na memória coletiva não se fez sem sobressaltos, porque novos conceitos impactam. Para Portugal, A chegada de Pedro Álvares ao Brasil foi o evento secundário que marcou o fim de um milênio. Infelizmente os gestores, quando se trata de História, só pensam em comemorações porque nelas podem aparecer à custa do erário. Procuro nas minhas pesquisas analisar os acontecimentos mergulhando na época, para compreender como pensavam. Nos meus artigos, procuro colocar o que penso em textos curtos e objetivos, mas muitas das vezes isso não é possível.
      Pesquiso, mais profundamente, sobre História desde 2015, de uma forma mais profunda e, felizmente tenho a ajuda da Internet para visitar instituições tanto no Brasil como em outro países no que se refere aos séculos XV e XVI. Desculpem-me se esta resposta vai para vocês todos com o mesmo texto – CTRL C >>> CTRL V – ?

      14 de julho de 2020 at 12:13
  • Sérgio Pinheiro Responder

    Muito bom Manoel. Leitura e pesquisa sempre!!!

    3 de julho de 2020 at 11:12
    • Manoel Neto Responder

      O processo de reconstituição da imagem da História na memória coletiva não se fez sem sobressaltos, porque novos conceitos impactam. Para Portugal, A chegada de Pedro Álvares ao Brasil foi o evento secundário que marcou o fim de um milênio. Infelizmente os gestores, quando se trata de História, só pensam em comemorações porque nelas podem aparecer à custa do erário. Procuro nas minhas pesquisas analisar os acontecimentos mergulhando na época, para compreender como pensavam. Nos meus artigos, procuro colocar o que penso em textos curtos e objetivos, mas muitas das vezes isso não é possível.
      Pesquiso, mais profundamente, sobre História desde 2015, de uma forma mais profunda e, felizmente tenho a ajuda da Internet para visitar instituições tanto no Brasil como em outro países no que se refere aos séculos XV e XVI. Desculpem-me se esta resposta vai para vocês todos com o mesmo texto – CTRL C >>> CTRL V – ?

      14 de julho de 2020 at 12:13
  • Paulo Gouveia Responder

    Mais um artigo excepcional de um SENHOR , que deveria ser olhado com outros olhos pelos seus pares e até pelo próprio Governo do Estado. Um HOMEM que tem lutado sozinho ( depois do falecimento do Prof. Lenine Pinto ) pela luta de o Rio Grande do Norte, ser reconhecido como o Estado aonde começou o Brasil. Parabéns Dr.Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto, pelo seu Artigo, pelo seu trabalho e pelo seu amor ao Estado e Povo do Rio Grande do Norte. BEM HAJA e que DEUS o abençoe e proteja.

    24 de junho de 2020 at 08:28
    • Manoel Neto Responder

      O processo de reconstituição da imagem da História na memória coletiva não se fez sem sobressaltos, porque novos conceitos impactam. Para Portugal, A chegada de Pedro Álvares ao Brasil foi o evento secundário que marcou o fim de um milênio. Infelizmente os gestores, quando se trata de História, só pensam em comemorações porque nelas podem aparecer à custa do erário. Procuro nas minhas pesquisas analisar os acontecimentos mergulhando na época, para compreender como pensavam. Nos meus artigos, procuro colocar o que penso em textos curtos e objetivos, mas muitas das vezes isso não é possível.
      Pesquiso, mais profundamente, sobre História desde 2015, de uma forma mais profunda e, felizmente tenho a ajuda da Internet para visitar instituições tanto no Brasil como em outro países no que se refere aos séculos XV e XVI. Desculpem-me se esta resposta vai para vocês todos com o mesmo texto – CTRL C >>> CTRL V – ?

      14 de julho de 2020 at 12:14
  • Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto Responder

    A pesquisa, ou como preferem os portugueses: A investigação, requer muita paciência e dedicação. Procuro em textos curtos expor minha opinião sobre a História e tudo aquilo que está relacionado à ela sem a influência externa tão comum.
    Obrigado amigo.

    24 de junho de 2020 at 05:29
    • Alexandre Magno de Montenegro Miranda Responder

      Simples, conciso e claro, porém bem esclarecedor.

      14 de julho de 2020 at 10:06
    • Manoel Neto Responder

      O processo de reconstituição da imagem da História na memória coletiva não se fez sem sobressaltos, porque novos conceitos impactam. Para Portugal, A chegada de Pedro Álvares ao Brasil foi o evento secundário que marcou o fim de um milênio. Infelizmente os gestores, quando se trata de História, só pensam em comemorações porque nelas podem aparecer à custa do erário. Procuro nas minhas pesquisas analisar os acontecimentos mergulhando na época, para compreender como pensavam. Nos meus artigos, procuro colocar o que penso em textos curtos e objetivos, mas muitas das vezes isso não é possível.
      Pesquiso, mais profundamente, sobre História desde 2015, de uma forma mais profunda e, felizmente tenho a ajuda da Internet para visitar instituições tanto no Brasil como em outro países no que se refere aos séculos XV e XVI. Desculpem-me se esta resposta vai para vocês todos com o mesmo texto – CTRL C >>> CTRL V – ?

      14 de julho de 2020 at 12:14
  • josé narcelio marques sousa Responder

    Valeu, estimado amigo e colega. Gosto de suas conclusões extraídas de pesquisas diversas em suas andanças por museus e bibliotecas portuguesas.

    23 de junho de 2020 at 12:11

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *