FESTIVAL DE WOODSTOCK: AS MELHORES FOTOS E HISTÓRIAS NUNCA CONTADAS;CONFIRA

*O artigo foi publicado originalmente no site mydailymagazine.com, em 20/09/2020

O Woodstock Festival foi mais do que apenas um evento musical. Era mais do que o maior festival de música do mundo, e era mais do que a maior congregação de hippies e boêmios que a América já tinha visto.

O festival de Woodstock foi uma experiência espiritual compartilhada por mais de 400.000 pessoas que, durante 4 dias no final do verão de 1969, se uniram para criar uma sociedade alternativa e utópica que alimentou a imaginação e o idealismo das gerações vindouras.

Imagem por @woodstock / Instagram
Mas Woodstock não se materializou do nada. As etapas que levaram a Woodstock foram quase tão milagrosas e fortuitas quanto o próprio evento – e a quantidade de resistência que os organizadores tiveram que lidar faz com que seja um milagre que tenha acontecido.

Onde aconteceu?
Max e Miriam Yasgur, de Bethel, Nova York, forneceram o espaço para o famoso festival de música e arte. Eles ofereceram a fazenda de gado leiteiro, com vista para o lago próximo, como local de encontro ainda quando os moradores da cidade sabotaram os planos originais para o festival. Nem tudo era paz e amor; os Yasgurs receberam telefonemas ameaçadores de membros da comunidade enfurecidos, mas muitas pessoas os apoiaram e comemoraram a vitória da Exposição Aquariana.

Imagem por @woodstock / Instagram
Ainda assim, cartazes dizendo coisas como “Não compre leite. Pare o Festival de Música Hippy de Max”, perto de suas propriedades mostram que os Yasgurs sofreram grande pressão social por parte da sua comunidade.

Como chegar
Woodstock foi originalmente concebido como um festival com fins lucrativos e, embora o acordo dos organizadores com a cidade de Bethel fosse de que eles não hospedariam mais de 50.000 participantes, eles já tinham vendido mais de 200.000 ingressos antes do festival começar.
Quando o festival começou, cerca de 400.000 frequentadores do festival estavam convergindo à pequena cidade de Nova York.
Não foi fácil chegar lá. A quantidade de veículos que estavam subitamente na estrada era muito maior do que o planejado. Estava chovendo; a lama somou-se ao engarrafamento. Muitos dos participantes simplesmente deixaram seus carros onde estavam e continuaram a pé.

Todas essas pessoas
Com quase o dobro do número esperado de participantes, e oito vezes o número de participantes permitidos, logo ficou claro para os organizadores que não fazia sentido tentar cobrar a entrada das pessoas. Inicialmente idealizado como evento com fins lucrativos, a Woodstock Ventures fez uma rápida mudança de planos e decidiu convertê-lo em evento gratuito.
As cercas foram derrubadas e quase meio milhão de pessoas desceram pela encosta pastoral.

Estrada musical
Com tanto tráfego a caminho do festival, muitas pessoas saíram de seus veículos e simplesmente improvisaram “jam sessions” de vez em quando, no local. Outros, simplesmente, deixaram seus carros na estrada, decidindo caminhar em direção ao festival quando pegariam seus veículos no caminho de volta.
Aqueles que tocaram música, cantaram e dançaram ao longo da estrada, aumentaram as vibrações festivas de outro mundo caminho ao evento, e ajudaram a definir o tom pacífico que prevaleceu em Woodstock.

Paz
A palavra que surge pela primeira vez quando você diz Woodstock provavelmente seja “paz”.
O festival foi um exemplo brilhante do que uma sociedade pacífica poderia realizar se simplesmente quisesse. Foi um tema importante do festival e levou muitas pessoas a protestar contra a guerra do Vietnã em um novo movimento político, um dos muitos que surgiriam como resultado do festival e de sua influência generalizada.

Notícias falsas
Boas vibrações e positividade foram a premissa do festival.
Apesar disso, durante os dois primeiros dias do festival, as reportagens da mídia sobre Woodstock disseram que era um evento caótico e negativo, com violência e sujeira sendo os fatores predominantes nele, mas depois que muitos frequentadores do festival disseram pelo telefone a seus pais o que realmente estava acontecendo, muitos pais preocupados ligaram para os jornais dizendo que suas notícias eram falsas. Nos dias seguintes, os repórteres mudaram de música e começaram a dizer que o festival era pacífico e positivo.
De fato, foi um milagre que, com 400.000 pessoas no mesmo local, em clima difícil e ambiente lotado, nenhum incidente de violência tivesse sido registrado!

Relaxando
Claro, Woodstock era uma comunidade e a realização de uma visão alternativa para a sociedade. Era um refúgio das pressões e expectativas da sociedade “quadrada” permitindo que as pessoas fossem e explorassem novos aspectos de si mesmas em um ambiente seguro e de apoio. Mas, para outros, Woodstock era algo muito mais simples que isso: era simplesmente uma oportunidade para relaxar, deitar e relaxar.

Alta concentração de artistas
Outra coisa incrível sobre Woodstock é que, embora tenha sido um grande evento, a concentração de artistas e criadores na multidão era enorme. As pessoas não se contentavam em apenas sentar e consumir arte; elas queriam participar dela e criar a sua própria.
Então, onde quer que você olhasse, era possível ver pessoas dançando, filmando, escrevendo e improvisando, trabalhando em colaboração para criar algo maior que a somatória das partes.

Experimentando coisas novas
Woodstock não era apenas a liberdade de amar e desfrutar de boa música. Era também a liberdade para se expressar.
O ambiente festivo e receptivo deu aos freqüentadores do evento a chance de experimentar novas idéias sobre moda, usar coisas estranhas que não seriam capazes de usar em outros lugares e se expressar de maneiras inovadoras.
Esta freqüentadora de festivais, por exemplo, escolheu decorar seus olhos de uma maneira que não pareceria fora de lugar nos festivais atuais de Burning Man ou Coachella, por exemplo!

Meditação
Meditação em grupo e rituais espirituais foram uma grande parte da vida no festival.
Todo tipo de pessoas se reunia e meditava sobre paz, amor e prosperidade, algumas nos círculos de meditação, outras, em grupos desorganizados e outras, sozinhas, na floresta.
Isso ajudou a dar uma sensação de calma e boa vibração a todos, e mesmo aqueles que não participaram puderam sentir a energia positiva.

Tempo barroso
Uma das coisas mais icônicas de Woodstock foi o tempo chuvoso.
Apesar do festival acontecer em agosto, o evento ao ar livre foi atingido por chuvas torrenciais, que transformaram a suave encosta gramada reservada para o público sentar, em uma colina escorregadia e enlameada. As pessoas estavam molhadas, sujas e cobertas de terra mas, em vez de ficarem chateadas por causa do mau tempo, os frequentadores do festival transformaram-no em uma oportunidade para se divertir.
As pessoas espirravam, brincavam e lutavam na lama e transformavam o problema em atração.

Muitas crianças
Ver um filho não era incomum em Woodstock. Os pais levaram seus filhos com eles para o festival, e o sentimento amoroso e de espírito livre do evento o tornou um lugar surpreendentemente seguro e confortável para eles correrem.
Algumas pessoas chegaram ao festival sem filhos e saíram como pais; há relatos de dois bebês nascendo durante Woodstock.
Tudo isso aumentou muito o sentimento de comunidade e sociedade alternativa que o festival tinha criado.

Jovens e idosos
Se havia um lugar sem discriminação nos anos 60, era Woodstock. Idade, raça, sexualidade e gênero foram todos deixados de lado, e foram bem-vindos para se juntar à positividade.
Em Woodstock, as pessoas sentiam que a única coisa que importava era a experiência compartilhada de paz, amor e música, e não importava se você fosse uma criança de 5 anos ou um veterano de 75 anos: todos eram bem-vindos, todos eram respeitados e todos acharam seu lugar.

Animais de estimação
Não foram apenas os humanos que participaram do Woodstock. Entre os frequentadores de shows de cabelos compridos e psicodélicos também tinha animais de estimação de vários tipos.
Este cão parece uma criação diretamente dos laboratórios de criaturas de Jim Henson!
Mas a melhor coisa da foto?
A bolsa da proprietária do cão tem um compartimento para a tigela do cachorro, costurado na parte de trás.

Janis Joplin
Uma das performances mais icônicas do festival foi dada pela jovem lenda do rock’n’roll, Janis Joplin.
Joplin havia dito à sua banda que Woodstock seria apenas mais um show, não compreendendo a escala do evento até que ela foi levada de helicóptero e viu a platéia de 400.000 pessoas espalhadas lá embaixo.
Quando o helicóptero começou a descer, Joplin começou a se sentir nervosa, mas acabou dando uma de suas performances ao vivo mais memoráveis, permanecendo pelos três dias inteiros do festival, sendo uma das últimas pessoas a sair.

Veruschka
A condessa Vera von Lehndorff-Steinort, mais conhecida como Veruschka von Lehndorff, era um ícone dos anos 60. Sua vida, por si só, era como extraída de um livro: nascida em uma família alemã aristocrática em sua propriedade secular na Prússia, ela foi forçada a fugir da Alemanha com sua família depois que seu pai, um oficial de reserva na Alemanha, supostamente tentara assassinar Adolf Hitler. Após a guerra, ela se tornou uma modelo e atriz imensamente bem-sucedida, e um ícone do movimento contracultural.
Ela, como muitas outras celebridades da época, também encontrou seu caminho indo a Woodstock.

A Era de Aquário
Apesar do nome, o evento que conhecemos hoje como “Woodstock” não ocorreu nem perto da cidade de Woodstock, em Nova York.

De onde veio o nome “Woodstock”?
Originalmente anunciado como “Uma experiência aquariana: 3 dias de paz e música” (esse trecho “Aquariano” se refere à “Era de Aquário” de que você já deve ter ouvido falar)) Woodstock enfrentou muitos desafios antes de poder decolar. Mas, como essa experiência aquariana começou, em primeiro lugar?
A história começa com quatro jovens, dois com a idéia e dois com os fundos necessários para realizá-la.

O Woodstock original
Enquanto a Woodstock acabaria sendo chamada de “Music & Art Fair”, sua visão original era muito diferente e começou com dois jovens: Michael Lang e Artie Kornfeld.
Michael e Artie eram promotores musicais e organizadores de eventos, com laços estreitos com o movimento hippie em Nova York.
Depois de realizar vários eventos de sucesso juntos, Artie e Michael decidiram começar a trabalhar em um novo conceito. Muitos artistas da cena folclórica e da contracultura, como Jimmy Hendrix e Bob Dylan, estavam em Woodstock, no norte de Nova York, e os dois produtores pensaram que seria uma boa idéia estabelecer um estúdio de gravação pequeno e de alta qualidade para eles usar.
Eles esperavam que as gravações em seu “estúdio na floresta” fossem suficientes para iniciar uma gravadora mas, para tirar a idéia do papel, precisavam de financiamento.

Os parceiros de negócios
Joel Rosenman e John P. Roberts eram dois jovens com muito dinheiro para investir mas sem idéias.
Em 1967, eles publicaram um anúncio no The Wall Street Journal, chamando a si mesmos “Rapazes com capital ilimitado” que procuravam novas idéias de negócios.
Mais de 5.000 pessoas enviaram suas ofertas e idéias, mas foi a proposta de Michael Lang e Artie Kornfeld que chamou sua atenção.
Os quatro se encontraram e o diálogo foi estabelecido instantaneamente. O estúdio de gravação de Woodstock parecia estar a caminho de se tornar realidade.

Mudança de direção
Quando os quatro parceiros começaram a debater o estúdio de gravação proposto, suas sessões e debates criativos os fizeram perceber que talvez não fosse um ótimo negócio. Ainda assim, eles achavam que aproveitar o movimento de contracultura em Woodstock era uma boa idéia e, após várias sessões de brainstorming, decidiram sediar um festival de música e arte perto da cidade.
Infelizmente, a comunidade conservadora de Woodstock, Nova York, se opôs veementemente a esse festival e, portanto, o grupo teve que procurar um local alternativo.

Pare o festival hippie!
Enquanto Lang, Kornfeld, Rosenman e Roberts tinham a visão e o capital para transformar seu festival em realidade, o que eles não tinham era o apoio das pessoas da cidade.
A princípio, “Woodstock Ventures”, que já tinha se localizado em um espaço de escritório psicodelicamente decorado no centro de Manhattan, planejava sediar o festival nos arredores de Woodstock. Infelizmente, a população local se opôs veementemente a um festival que consideravam radical, corrupto e perigoso para os jovens.
Com bandas como Creedence Clearwater Revival já tendo assinado, os organizadores precisavam encontrar um local rapidamente, até que finalmente encontraram ao casal Max e Miriam Yasgur.

Foi uma vila inteira
Mesmo com menos de 200.000 ingressos vendidos, foi um desafio acomodar todos os participantes. Imagine o que aconteceu quando cerca de meio milhão de pessoas apareceu! Muitos fornecedores locais protestaram contra o evento, de modo que aqueles que queriam trabalhar ajustaram os preços à demanda. Os visitantes do festival foram ajudando uns aos outros, enquanto as pessoas no condado de Sullivan entraram com doações e suprimentos de comida. Cozinhas de campo, banheiros e outros serviços logo foram montados, e os participantes do festival participaram da criação da infraestrutura para apoiar a enorme quantidade de pessoas no evento.

Falta de preparação
Não foram apenas a administração do festival, o conselho da cidade ou mesmo o estado de Nova York que não estavam preparados para o enorme fluxo de pessoas que chegariam a Woodstock.
Muitos dos participantes do festival vieram completamente despreparados, com abrigo mínimo e nenhum plano de higiene pessoal durante o festival. A comunidade local ajudou a fornecer sanduíches e cobertores, mas muitas pessoas ainda foram apanhadas sem poder se aquecer à noite ou se alimentar.

Dormindo em carros
Para alguns, dormir no chão sem tenda não era uma opção. Muitos dos que não tinham onde dormir tiveram que voltar para os carros abandonados para descansar um pouco antes de voltar ao festival.

Não facilmente acessível
Os hospitais próximos estavam de prontidão, sabendo que era esperado que dezenas de milhares de pessoas comparecessem a Woodstock. No entanto, o grande número de participantes reais os fez lutar para acomodar todos os necessitados. Como as estradas estavam congestionadas, os suprimentos médicos tiveram que ser transportados pelo ar, por um helicóptero. A essa altura, a Força Aérea estava ajudando os artistas a entrar e sair do festival na tentativa de aliviar o tráfego e ajudando a manter as coisas em movimento.

Festa selvagem
A escassez de alimentos e cuidados médicos não só se traduziram em LSD, psilocibina e mescalina. Muitas outras drogas, além do álcool, estavam facilmente disponíveis no festival e eram usadas com frequência e, diriam alguns, até em excesso. Pessoas que experimentam más reações aos alucinógenos costumavam pedir ajuda.
Ainda assim, dos quase meio milhão de pessoas presentes, apenas uma morte relacionada à drogas foi relatada no festival.
Isso não quer dizer que não houveram problemas médicos em Woodstock…

Fadiga
À medida que o festival progredia e a emoção inicial começava a diminuir, as pessoas começaram a sentir o número de horas sem parar sob a chuva e o sol de agosto.
No final do festival, as pessoas estavam fatigadas. Eles se apoiavam no que podiam, cercas, pedras e entre si, tentando descansar entre os sets.
Para a maioria, era um bom tipo de cansaço mas, contudo, era cansativo.
Ainda assim, como você pode ver nesta foto, as pessoas estavam cansadas mas felizes.

Ordem, por favor
Para as pessoas de fora do festival, especialmente as de Nova York, uma reunião de quase meio milhão de malfeitores de cabelos compridos, alimentada por drogas e álcool com uma agenda anarquista, parecia um cenário de pesadelo.
Havia um medo real de que eles se revoltassem ou se tornassem violentos, e os habitantes locais não familiarizados com a cultura “Paz e Amor” estavam realmente com medo. A preocupação era tão intensa que o governador de Nova York, Nelson Rockefeller, queria ordenar a 10 mil soldados da Guarda Nacional do Estado de Nova York parar o festival, mas um dos organizadores, John Roberts, conseguiu convencê-lo a não fazê-lo.

Vista aérea
A vista aérea de todos os participantes da fazenda leiteira de Bethel NY é de tirar o fôlego até para os padrões atuais: 400.000 pessoas reunidas para um evento musical eram inéditas na década de 1960.
O festival fez o condado de Sullivan declarar Estado de Emergência e proibir todas as futuras reuniões de massa e, até o anfitrião de Woodstock, o produtor de leite Max Yasgur, não quis arrendar sua propriedade nos anos seguintes.

Os sinais
Os bosques ao redor do festival se tornaram uma área tão cheia de gente quanto qualquer rua da cidade de Nova York. Os frequentadores do festival iam e vinham, indo dos carros e dos acampamentos para o palco principal e para trás, e se perder na floresta era fácil.
Portanto, com a abordagem de bricolage “pode ​​fazer” predominante ao longo do evento de quatro dias, as pessoas decidiram colocar placas para ajudar as pessoas a encontrar o caminho.
Embora muito práticos, os sinais refletiam a atitude gentil e bem-humorada do festival.

Nos bastidores
Enquanto todo mundo parece se lembrar da colina lamacenta com vista para as apresentações do festival, a floresta e as estradas congestionadas que levam ao local, uma das partes mais importantes do festival raramente é discutida: o palco.
Com todas as mudanças no local antes do lançamento do festival, os organizadores trabalhavam contra o tempo. Um dia antes do início do festival, eles tiveram que tomar uma decisão: terminariam de colocar as cercas, garantindo assim que apenas os participantes pagantes entrassem no festival, ou terminariam de montar o palco?
Percebendo que centenas de milhares de pessoas estavam a caminho e temendo tumultos caso viessem e não houvesse palco para os shows que vieram assistir, os organizadores do festival escolheram construir o palco e deixar as cercas inacabadas.
Aqui, Richie Havens sobe a rampa da área dos bastidores em direção ao palco para sua performance.

Protestos
Havia todo tipo de reunião na multidão de Woodstock. Algumas pessoas estavam lá simplesmente para apreciar a música, mas outras vieram com uma mudança social em mente. Além da dança, círculos de meditação e cozinhas comunitárias, houve também protestos de todo tipo. E enquanto os manifestantes entoavam e acenavam sinais, não havia violência. A maioria dos protestos girou em torno da guerra, racismo, sexismo, justiça social e crueldade com animais, e muitos dos participantes do festival foram expostos à novas idéias e agendas.

Vans lendárias
Sem caminho claro para os veículos, sem estacionamentos organizados ou estradas que pudessem lidar com o volume de carros, alguns veículos acabaram no coração da multidão.
Como quase todas as outras superfícies disponíveis, esses carros, caminhões e ônibus tornaram-se telas para a expressão psicodélica e bricolage.
As pessoas as decorariam com flores e mensagens de paz, liberdade e amor, transformando-as em mensageiros coloridos do festival e estabelecendo uma nova tendência, que ainda pode ser vista em todo o mundo hoje.

Obra de arte
No festival, o hippie estava em exibição em muitas vans e ônibus. Esses veículos proporcionavam um espaço perfeito para dormir, pois a chuva impedia que muitos dormissem sob o céu aberto, e esses veículos logo se tornaram um paraíso espiritual e também físico para quem precisasse deles.
Quando as pessoas não dormiam neles, podiam sentar-se nos telhados para obter uma melhor visão do palco. Parecia que esses veículos eram perfeitamente adequados para o lugar para o qual os tinham levado seus donos.

Acampamento
Woodstock atraiu centenas de milhares de pessoas e todos tiveram que dormir em algum lugar. Acampar fora era a opção principal, mas nem todo mundo veio preparado. Apesar de ter acontecido no final de agosto, grande parte do festival foi sob a chuva, e assim barracas, carros, pedaços de tecido e qualquer outra cobertura disponível foram transformados em abrigos sob os quais as pessoas podiam descansar entre as apresentações.

Janis relaxando
Depois de chegar ao festival, Janis Joplin decidiu que queria ficar até o fim. As boas vibrações e a música incrível falaram com ela mas, como todo mundo, ela não podia ficar acordada o tempo todo.
Nesta foto rara, podemos vê-la tomando uma bebida e sentando-se entre as apresentações, relaxando com seus colegas, espíritos livres, e desfrutando de um raro sol no festival chuvoso.

Jimi Hendrix
O último artista a tocar em Woodstock foi o indominável Jimi Hendrix.
Jimi encerrou oficialmente o festival na segunda-feira de manhã, em vez de domingo à noite conforme planejado originalmente, pois os sets eram continuamente adiados devido a atrasos e complicações técnicas.
Enquanto Jimi tocava um dos números mais famosos de sua carreira, as multidões começaram a diminuir. Eles queriam esperar até o show final, mas estavam cansados, molhados, com frio e com fome e assim, Hendrix tocou apenas para uma multidão de cerca de 30.000 pessoas.

As condições
Uma coisa que diferencia Woodstock de outros festivais de música foi a “tempestade perfeita” de condições. Algumas, como o movimento de contracultura, que estava se formando há muito tempo, e outras, como os engarrafamentos e a chuva, que foram meramente aleatórios, todos contribuíram para criar uma atmosfera única de calma, aceitação e um forte senso de comunidade e fraternidade entre os participantes.
Assim, enquanto o sistema de som do festival não era adequado para atingir 400.000 pessoas, a atmosfera mais do que compensava isso.

Não existe programação
Quatrocentos mil pessoas. Ponha esse número em sua cabeça por um instante. Isso é muita gente.
Em comparação, conseguir que 400.000 pessoas assistam a um vídeo do YouTube é considerado toda uma conquista. E tudo o que eles precisam fazer é clicar em um link. Então, levar 400.000 pessoas para a zona rural de Nova York, na chuva, através de engarrafamentos e mantê-las lá por quase 4 dias, sem banheiros, comida ou abrigo adequados, o quê é?
Essa é uma grande conquista.
Portanto, é seguro dizer que as pessoas não estavam lá apenas para a programação musical, e é por isso que muitas delas realmente se divertiram ao chegarem lá!

A Who
The Who se apresentou após Janis Joplin. O show em Woodstock ajudou à banda a garantir seu lugar na história do Rock and Roll, com a apresentação completa do álbum, Tommy.
Os shows da banda foram considerados uma atração especial, graças ao hábito teatral de destruir seus instrumentos enquanto tocavam.
O set de Who’s Woodstock é especialmente famoso graças a uma interrupção do ativista social e líder de Yippie (isso mesmo, Yippie com um Y), Abbie Hoffman, que protestou contra a prisão de John Sinclair.

Crosby, Stills, Nash & Young
Crosby, Stills, Nash & Young eram uma banda recém-formada. Seu primeiro show foi em 16 de agosto de 1969, no Auditorium Theatre, em Chicago, com Joni Mitchell como abertura. Durante o show, eles disseram que o próximo show seria em algum lugar chamado “Woodstock”, e que não sabiam exatamente onde ficava.
Quando finalmente chegaram ao festival e viram a formação de gigantes da indústria, agentes e, é claro, as 400.000 pessoas na platéia, Stills se virou para a multidão e disse: “Esta é apenas a segunda vez que nos apresentamos na frente das pessoas. Estamos com muito medo…mesmo.”

Sem meios, sem problemas
Woodstock era um festival gratuito para espíritos livres, e muitas das pessoas que chegaram lá, chegaram sem nada.
Quase literalmente. Sem sapatos, sem sacola, sem comida ou dinheiro e, definitivamente, sem carro.

Então, como eles chegaram lá?
Alguns pediram carona, outros conseguiram telefonar para amigos … e outros andaram.
Era quase como se a atração do festival fosse tão forte, que a mera logística não pudesse atrapalhar as pessoas que simplesmente queriam estar lá.

Sly e a pedra da família
O lendário grupo de funk psicodélico, Sly & The Family Stone, começou o show muito tarde na noite de sábado, ou muito cedo no domingo de manhã, dependendo da perspectiva. De qualquer maneira, eram três e meia da manhã e a platéia estava cansada. Mas a presença eletrizante de palco de Sly Stone deu vida a todo o festival, e a performance da banda foi considerada uma das melhores do festival. O single “Hot Fun in the Summertime” foi lançado no mesmo mês e alcançou o primeiro lugar nas paradas pop dos EUA.

Cigarros
Woodstock era tudo sobre paz, amor e música mas, para algumas pessoas, essas coisas ficavam muito mais fáceis com um maço de cigarros.
As pessoas não estavam confinadas ao recinto do festival e costumavam fazer excursões à cidade e voltar, carregando suprimentos, se conseguissem fazer com que os habitantes da cidade negociassem com eles.
Aqui, esse empreendedor pioneiro, de bigode e usando toalha de mesa, pôde ser visto retornando da cidade com alguns pacotes de cigarros para ele e alguns amigos.

Santana
Quando Carlos Santana e sua banda assinaram contrato com o setlist de Woodstock, eram quase incógnitos. Eles ainda não tinham lançado seu primeiro álbum, embora já estivesse em produção, e só entraram na lista graças ao seu lendário gerente, Bill Graham.
Apesar do relativo anonimato, o show foi eletrizante e os 11 minutos de “Soul Sacrifice” foi considerado um dos melhores segmentos do festival. Tanto que foi destaque no filme de Woodstock e lançou a banda para a fama internacional.

Descanso de bicicleta
400.000 pessoas, todas clamando por se aproximar do mesmo palco, significa que um pequeno lugar é um prêmio. Quase meio milhão de pessoas no mesmo local também gera muito lixo.
Coloque esses dois fatos juntos, e o que você acaba descobrindo é o simples fato de que, se você quiser um pouco de paz e sossego em Woodstock, talvez queira ir ao único lugar onde as pessoas não têm pressa de ir: às pilhas de lixo.
Ainda bem que esse cara tinha algo para mantê-lo fora do chão.

Manchetes
Dois dos sets mais memoráveis ​​de Woodstock foram realizados por Janis Joplin e Jimi Hendrix.
A revista Rolling Stone listou Janis Joplin na 46ª posição na lista dos melhores artistas e na 28ª entre os maiores cantores, e nomeou Jimi o maior guitarrista de todos os tempos. Infelizmente, esses dois gigantes musicais morreram alguns meses depois de Woodstock, aos 27 anos.
Depois que eles faleceram, ambas discografias tornaram-se ouro, platina e tripla-platina, e quase todas as gravações ao vivo foram colocadas em algumas coleções.

O pai do som do festival
É fácil esquecer, mas antes de Woodstock ser um fenômeno cultural, era um festival de música, o maior festival de música já produzido até aquele momento.
Michael Lang, um dos produtores do festival, procurava um engenheiro de som que estivesse à altura do desafio.
“Eu estava tentando encontrar alguém que pudesse fazer um sistema de som para Woodstock, e nunca ninguém tinha feito algo assim antes …”, Lang lembrou.

O sistema de som
“… Então tinha um cara louco em Boston que poderia querer tentar”, continuou Lang. Esse cara era Bill Hanley, mais tarde conhecido como o Pai do Som do festival.
“Construí colunas de alto-falante especiais nas colinas e tinha 16 conjuntos de alto-falantes em uma plataforma quadrada subindo a colina em torres de 21 metros. Montamos para 150.000 a 200.000 pessoas. É claro que 500.000 apareceram”, disse Hanley mais tarde.
Ainda assim, o sistema foi entregue.

Gravando o festival
Enquanto Woodstock foi planejado como um evento com fins lucrativos, devido ao grande fluxo de pessoas e à falta de tempo para montar um esquema adequado, os organizadores logo o declararam um festival aberto e gratuito para todos. Não que eles quisessem. Eles simplesmente não tinham escolha.
Mas, finalmente, Woodstock acabou ganhando muito dinheiro. Não através da venda de ingressos, como esperado, mas através das gravações do show e do premiado documentário feito pelos produtores.

A área VIP
Enquanto Woodstock estava aberta a todos, tinha um área que permanecia cercada e exclusiva: os bastidores.
Dê a qualquer historiador de música acesso a uma máquina do tempo com a ressalva de que eles poderiam usá-la apenas uma vez e garantimos que eles escolheriam viajar de volta à área de bastidores de Woodstock.
O número de músicos influentes que estavam presentes, juntos, se misturando e conversando naquela pequena área dos bastidores é simplesmente impressionante.

Suspensão de ônibus
Parece que tudo em Woodstock estava imbuído de algum tipo de significado extra. O festival de música era mais do que um festival de música, os shows eram mais do que shows e os veículos, eram mais do que apenas veículos.
Em Woodstock, ter um ônibus psicodélico significava mais do que ter um meio de transporte. Significava ter uma comunidade, estabelecer suas próprias regras e, o mais importante, significava liberdade.

Suspensão de ônibus
Imagem por @woodstock / Instagram
Aqui, podemos ver um grupo de amigos se divertindo no ônibus. Esta imagem não poderia gritar mais alto na década de 1960.

Sentados no chão
Então, como estava sendo o festival?
Nos anos posteriores, os participantes de Woodstock falariam sobre uma atmosfera eletrizante, uma sensação de algo grande, importante e novo acontecendo ao seu redor.
E está tudo bem, mas você pode estar perguntando “tudo bem, mas como foi?”
E, graças às muitas fotos tiradas no festival, temos uma boa noção de como era.
Para a maioria das pessoas, tratava-se principalmente de sentar no chão com os amigos e curtir boa música juntos.

Tendo uma surpresa
Woodstock foi uma grande surpresa para todos os envolvidos.
Os artistas não perceberam que tocariam para uma multidão tão grande, os organizadores não esperavam que uma multidão tão grande aparecesse e os próprios participantes do festival não perceberam a escala do evento na qual estavam se metendo.
Mas não eram apenas eles.
Os empresários que compareceram ao festival também não esperavam uma reunião tão grande e, por mais abastados e bem preparados que pensassem estar, simplesmente não conseguiam atender à demanda da multidão.

Simplesmente faça
Woodstock, como estabelecemos, estava cheio de espírito artístico livre, e o festival foi um cenário extremamente inspirador.
Mas, devido aos congestionamentos de tráfego e hostilidade das cidades vizinhas, obter suprimentos básicos e suprimentos artísticos foi um enorme desafio.
Ainda assim, isso não atrapalhou os participantes do festival. Portanto, mesmo que eles não tivessem tinta, tecido ou material para criar, a comunidade de Woodstock reaproveitou garrafas usadas e tudo o que puderam encontrar à mão para se expressar.

No verde
Enquanto alguns frequentadores de festivais tiveram problemas para construir abrigos do nada, outros ficaram bastante confortáveis ​​indo para a floresta.
Esse grupo aqui, o grupo musical “David Peel e o lado leste inferior”, segundo o sinal deles, foi claramente capaz de construir um abrigo perfeitamente confortável com galhos e folhas de árvores.
A placa também diz “Tenha uma maconha”, então achamos que pode ser seguro assumir que eles estavam bem à vontade com plantas, vegetação e prédios clandestinos.

Woodstock: o documentário
Quando os produtores de Woodstock estavam montando o festival, eles pensaram que poderia ser interessante documentá-lo. Eles andaram por Los Angeles, procurando um estúdio disposto a financiar o filme, e finalmente encontraram um que estava disposto a apresentar alguns equipamentos de câmera e um pequeno orçamento de US$100.000.
Woodstock se tornou um dos filmes de maior bilheteria de 1970, e centenas e centenas de milhares de pessoas se reuniram nos cinemas por semanas a fio. O filme não apenas teve lucro, mas também cobriu todas as despesas do festival.
Hoje, é considerado um dos melhores documentários já feitos.

Show final
Jimi Hendrix fez o show final do festival na segunda-feira, 18 de agosto, começando às 9h e terminando às 11h.
Frente a pouco mais de 30.000 pessoas, menos de dez por cento dos participantes do festival, Hendrix cantou uma de suas performances mais icônicas e impressionantes, incluindo sua famosa versão do “Star Spangled Banner”, que mais tarde entraria na história da música como um dos solos de guitarra mais épicos de todos os tempos.
Com o violão estridente de Jimi em segundo plano, as pessoas começaram a arrumar as coisas para voltarem para casa.

Hora de fechamento
Quando as pessoas começaram a se levantar e sair, a colina outrora lotada da fazenda de laticínios de Max Yasgur começou a se assemelhar ao antigo local mais uma vez.
Mas todos que estiveram lá sabiam que aquele pequeno pedaço de terra foi mudado para sempre pelo evento histórico que tinha acontecido ali nos últimos dias.
Apesar do esvaziamento de pessoas e tendas, apesar do palco ter sido derrubado, algo de Woodstock permaneceria naquela colina, para sempre.

Ficando para trás
Woodstock foi uma experiência tão catártica que, quando acabou, algumas pessoas simplesmente não queriam sair.
Aqui e ali, amontoados entre cobertores e casacos, pequenos grupos, casais e até indivíduos ficariam lá, desfrutando da glória do festival que acontecera ao seu redor.
Alguns saboreavam toda a atmosfera que podiam antes de se levantar e partir, enquanto outros simplesmente dormiam exaustos com os quatro dias de felicidade musical que acabavam de experimentar.
E outros nunca “deixaram” Woodstock de verdade …

Casal famoso
Você deve conhecer Bobbi Ercoline e seu marido, Nick, na capa do álbum oficial de Woodstock.
Os dois estavam namorando apenas alguns meses antes de embarcarem em uma viagem com alguns amigos para o festival.
No final do festival, eles, como muitos outros, ficaram de pé, embrulhados em uma cobertor e olharam ao redor a coisa bonita que estava acontecendo ao seu redor.
“Você sabe como os melhores planos dão errado, mas uma festa espontânea acaba sendo a melhor que você já teve? Isso foi Woodstock”, disse Bobbi em uma entrevista.
Desde então, os dois se casaram e tiveram filhos, e vivem hoje no norte de Nova York, não muito longe do local do festival.

Woodstock 50
Para agosto de 2019, um dos fundadores originais da Woodstock, Michael Lang, planeja organizar um festival para comemorar 50 anos desde o evento original de 1969.
Mas ele não quer que seja apenas uma encenação do histórico Woodstock.
“Ter artistas contemporâneos interpretando essa música seria uma ideia realmente interessante e emocionante”, disse ele à revista Rolling Stone. Mas a música é apenas parte da motivação para o evento.
“As coisas do planeta são críticas neste momento, especialmente quando se trata do aquecimento global. Ignorá-lo é ridículo. Eu realmente quero que as pessoas explorem como elas podem se envolver. Essa é uma das minhas principais motivações para fazer isso.”

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