PENSE! Juros Mais Baixos Deixam Financiamento Imobiliário 30% Mais Barato

Foto: Pixabay

O achatamento da taxa básica de juros Selic pode até ter castigado o investidor da renda fixa, mas trouxe boas notícias para quem quer ou precisa comprar um imóvel. O ambiente de juros mais baixos estimulou as instituições financeiras a reduzir as taxas dos financiamentos imobiliários. Se em 2017 cobravam-se, em média, 11% de juros, hoje os principais players do mercado praticam taxas abaixo de 7%.

Para se ter uma ideia do impacto que isso representa, a plataforma de intermediação imobiliária Kzas simulou o financiamento de um imóvel de R$ 500 mil em dois cenários: com juros de 10,5% e 6,99%. Em ambos, a entrada é de R$ 100 mil e o saldo restante é financiado em 30 anos. No primeiro cenário, o mutuário paga uma parcela inicial de R$ 4.630,43. No segundo, esse mesmo empréstimo começa com prestação de R$ 3.369,60.

Como os bancos exigem que a primeira parcela do financiamento comprometa no máximo 35% da renda familiar, antes esse imóvel de R$ 500 mil era acessível a uma família que ganhasse pelo menos R$ 13,3 mil. Agora, a renda mínima necessária passou a ser de R$ 9,6 mil.

“Essa redução da faixa de renda exigida em quase 30% não é brincadeira. Em última análise, é como se o imóvel passasse a custar 30% menos”, diz Eduardo Muszkat, cofundador e CFO da Kzas.

Ao mesmo tempo, pelos cálculos da plataforma, os juros mais baixos permitem que aquela família com renda de R$ 13,3 mil hoje possa financiar um imóvel de R$ 700 mil – ou seja, um ganho de poder de compra de 40%. “Com juros mais baixos, famílias que não tinham acesso ao financiamento passam a ter, e as que já tinham podem fazer compras melhores”, diz ele.

Um empurrão e tanto para o mercado imobiliário

O ano de 2019 foi muito produtivo para o mercado imobiliário. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que as transações tiveram um crescimento de 37% sobre 2018, quando se iniciou uma resposta mais vigorosa à crise de 2014 e 2015. Para 2020, a previsão da entidade era de alta de 20% sobre 2019… até que surgiu o coronavírus.

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