PENSE! Pesquisa da UFRN é colocada em prática pelo Detran

Interface do aplicativo desenvolvido na pesquisa

O Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) passou a contar com sistema de vistoria eletrônica no início de julho. O processo tecnológico que resultou em um aplicativo foi desenvolvido por Felipe Rodrigues, durante mestrado em gestão de processos institucionais do PPGGPI/UFRN. O novo formato surgiu com a necessidade de reduzir o tempo de espera desse serviço, ao menos na hora de realizar a vistoria eletrônica de veículos.

O visor, modelo de aplicativo sugerido ao Detran, é exclusivo para os vistoriadores e agiliza a autenticação, consulta de veículos, captura de imagens e a disponibilização dos resultados dos laudos eletrônicos. A ferramenta foi desenvolvida pela equipe liderada pelo analista Anielisson Sales, da Subcoordenadoria de Informática (SUBINFO) do Detran-RN e torna esse serviço muito mais fácil e rápido de ser realizado.

Recentemente, o Detran-RN disponibilizou, por meio de seu site, o agendamento do processo de vistoria, primeira etapa que reduz a fila de veículos. Mais um avanço importante que reduz o tempo de espera. Anteriormente, o proprietário do veículo precisava passar por quatro etapas: fila de veículos, solicitação de laudo, vistoria e auditoria de laudo. Esse processo era visto como ineficiente para o gestor de processos, embora o serviço seja muito importante no setor de registro de veículos. Observando isso, Felipe Rodrigues mostrou que, por meio da união entre a gestão de processos e a tecnologia, era possível até mesmo facilitar o acesso à documentação final, possibilitando a formação de uma base de laudos eletrônicos.

“Assim que vi como funcionava o serviço de vistoria percebi sua importância no setor de registro de veículos. Esse processo é fundamental para todos os outros serviços neste setor. Notei então a necessidade de melhorar isso. A partir de então, meu estudo foi analisar mais profundamente o processo e a legislação envolvida. Nesse momento, veio a oportunidade de trazer as partes interessadas para a construção do projeto. Por isso, utilizei abordagens de desenho participativo para transformar o processo e desburocratizar esse serviço”, esclareceu.

Em questionário realizado durante a pesquisa, 86,2% dos que responderam disseram que uma ferramenta eletrônica contribuiria para agilidade e segurança do processo de vistoria. Já para os colaboradores do setor, alguns processos que outrora eram manuais, não agregavam valores. De acordo com Felipe, a partir disso, surgiu a necessidade da revisão das etapas e a virtualização da vistoria. “Percebe-se que as tarefas que não agregam valor ao fluxo de atividades, geram desperdícios ou são desnecessárias”, afirmou.

Em razão da pandemia, o DETRAN/RN realiza atualmente vistorias nos pátios das concessionárias. Nesta situação, o visor foi fundamental, pois facilitou a retomada dos serviços, possibilitando que o serviço fosse realizado fora do órgão com segurança, inclusive registrando a localização do aparelho no momento da vistoria e coletando as imagens dos veículos vistoriados. “Houve a implementação do aplicativo e já está em funcionamento e uso. Será feito, em breve, algumas melhorias e, em seguida, fazer uma maior divulgação à população”, disse Osmar Filho, chefe de gabinete Detran/RN.

Na visão do pesquisador, após o retorno das atividades presenciais, o aplicativo proporcionará redução das filas de pessoas nos pátios do Detran, devido ao agendamento de horário, bem como na fila do recebimento do laudo final, agora disponível para consulta na plataforma.

Processo de vistoria

O processo de vistoria é requisitado quando o portador do veículo necessita dar entrada em algum procedimento de seu interesse, como: transferência de propriedade do veículo, alteração do domicílio intermunicipal ou interestadual e outros serviços que necessitem da emissão de um novo Certificado de Registro de Veículo (CRV). Além do RN, a vistoria veicular eletrônica é, também, utilizada por outros departamentos de trânsitos, como o Detran/PR e o Detran/SE.

Fonte: Allan Almeida e José de Paiva Rebouças de Sala de Ciência UFRN

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