PROCURA POR ACADEMIAS AUMENTOU EM 2021; SOCIALIZAÇÃO É UM DOS PRINCIPAIS FATORES

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Após a flexibilização dos decretos de distanciamento social e isolamento em virtude da pandemia da Covid-19, a procura por academias e profissionais de Educação Física aumentou em Natal. Além do cuidado com a saúde física, a saúde mental e a socialização têm sido determinantes nesta escolha.

De acordo com o diretor da Pulse, Horácio Oliveira, em junho a academia voltou ao número de membros pré-pandemia. Atualmente, tem o maior número de alunos desde o início das suas atividades. “Tem muita gente nova, inclusive pessoas que nunca haviam frequentado uma academia antes”, afirma.

Além disso, as pessoas estão indo com mais frequência. Antes, a média da Pulse era de 2,2 vezes por semana; hoje, é de 3,4 vezes por semana.

“Há uma tendência mundial nas academia com essa maior conscientização sobre saúde física, cuidado com a imunidade, mas principalmente saúde mental e social”, ressalta o diretor. “Há relatos de alunos que, antes da pandemia, não falavam com ninguém quando iam à academia e hoje vão só para conversar com alguém”, diz.

Horácio destaca, ainda, que a procura por atividades supervisionadas pelo profissional de Educação Física também aumentou. Na Pulse, hoje, os professores são treinados sob o ponto de vista técnico, mas também comportamental e humano. “Enxergamos a necessidade de estarem em um nível técnico alto, mas também em relacionamento, que tem sido o grande x da questão na pandemia”, relata.

Sedentarismo ainda é problema mundial

De acordo com Leônidas Oliveira, consultor da Pulse e professor da UFRN, 3,2 milhões de mortes por ano são atribuídas ao sedentarismo. “Estima-se que cada hora adicional de tempo sentado resulta em um aumento de quase R$ 700 nos custos anuais de saúde em idosos, população mais atingida pela mortalidade em decorrência da Covid-19”, diz.

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“A meta global para 2025 era de reduzir a atividade física insuficiente em 10%, mas os dados mostram que ela dificilmente será alcançada”, explica o professor. “Logo, o momento é de aumentar a consciência social da necessidade de retorno ao exercício, para, assim, tentar modificar a intenção de retorno à prática regular”.

Para Leônidas, a sociedade é regida por decisões emocionais, por isso o foco tem que ser em políticas de massificação de informações sobre a necessidade deste retorno, para que uma intenção se transforme efetivamente em ação.

“A lição que nos fica enquanto população é que a prática de exercícios físicos é fundamental para a manutenção da saúde física e mental”, afirma o consultor. Além dos aspectos estéticos, amplamente utilizados como uma abordagem de estímulo ao exercício, a saúde mental deve ganhar muito destaque como um fator chave para o autocuidado”.

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