SAUDADE DE ROSA
Hoje eu acordei
Pensando em fazer poesia
Mas com a mente vazia
Meu coração ficou mudo
Pensei no nada, num tudo
Nenhuma letra se arrumava
Uma agonia me dava
Daí pensei em Rosinha
Eu não sei de onde vinha
Tanto verso que chegava
Eu comecei a pensar
No seu sorrir, no seu cantar
No seu jeito de calar
De dizer sim, dizer não
Senti que meu coraçäo
Batia mais apressado
Um pouco descompassado
Fui sentindo uma agonia
Do pelo quando arrupia
Ao ouvir o seu fungado
Todo mundo tem uma rosa
Morando no coração
E ela se faz canção
Se nos visita a saudade
Chega com a felicidade
Valsando com a alegria
Dando mais brilho ao dia
Enchendo o mundo de cor
Gerando frutos do amor
Os transformando em poesia
A minha Rosa é a flor mais bela
Já nascida no Sertão
Ela adentrou meu coração
Eu ainda era menino
Era um moleque traquino
Mas me rendi aos seus encantos
Seus olhares foram tantos
Tinham um brilho cheio de verdade
Hoje ela é a saudade
Responsável por meus prantos
Meu avô foi responsável
Pela partida de Rosa
Foi uma noite
penosa
Se penso nela eu à vejo
Como um bom sertanejo
Meu coração não aguenta
A minha alma se ausenta
É comum no meu Sertão
Se ferir o coração
Com o amor de uma jumenta
Rosa minha jumentinha
Foi o meu amor primeiro
Com o seu andar faceiro
Ela foi me conquistando
Eu amei e sigo amando
A jumentinha fagueira
Era minha parceira
Muita saudade deixou
Desde que se mudou
E foi morar na Pintombeira (Celso Cruz)
Comentário (1)
Mano Minervino, Celso Cruz é uma figura de base exponencial!!
E com esse amor platônico em relação a Rosa, então …
Salve Celso Cruz!!!!