Um acordar na Rajada

Mais um feliz acordar

Aqui na Serra da Rajada

Só o silêncio faz zoada

Mexendo no inconsciente

O passado se faz presente

Mostrando sua importância

No café sinto a fragrância

Das lembranças do passado

O meu eu fica inundado

De lembranças da infância

O sol surge sorrateiro

Pássaros cantam em sinfonia

O gado muge em harmonia

Com o som de seus chocalhos

Minha mente faz atalhos

Entre o passado e o presente

Hoje fruto, ontem semente

Minha alma sente-se acolhida

Mostrando que lá fora a vida

É dessa vida decorrente

E nisso um “bença vovô”

Traz-me pra realidade

Percebo a felicidade

Albergada em nosso ninho

No cantar do passarinho

Na imensurável grandeza

Dos braços da natureza

Que acalanta e faz vigília

Na minha amada família

Minha infinita riqueza. (Celso Cruz)

Compartilhe:

Comentário (1)

  • carlos alberto cunha Responder

    As poesias do Celso Cruz são de tanta beleza pura que, lançadas a sorte, qualquer que seja escolhida tem o mesmo valor literário de todas as outras.

    26 de maio de 2020 at 22:35

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *