No Brasil, o Dia Nacional do Disco de Vinil é celebrado por alguns no dia 20 de Abril, em homenagem ao compositor e cantor Ataulfo Alves, morto neste dia em 1969.
Porém, no mundo, no dia 12 de agosto comemora-se o Dia do Vinil, por ser considerado o dia, em 1877, que Thomas Edison anunciou a invenção do primeiro fonógrafo.
Tudo indica que a adoção da data ocorreu em fevereiro de 2002, quando um grupo de moradores da cidade californiana de San Luis Obispo, EUA, criou a Vinyl Record Day (http://vinylrecordday.com), organização sem fins lucrativos, com o objetivo de (1) preservar a influência cultural, os discos de vinil e as artes das capas, (2) celebrar a data com amigos e família, (3) promover o futuro do vinil e (4) estabelecer o dia 12 de agosto como o Vinyl Record Day.
Você, millenial, talvez tenha passado a infância olhando para aqueles discos pretos de vinil que seus pais e avós guardavam em grandes e empoeiradas caixas. Alguns davam pouca importância para aqueles artigos, outros já compartilhavam com eles um carinho especial. Veja alguns que entraram para a história:
O que não esperávamos era que alguns anos depois de ficarem obsoletos, entre 2014 e 2017, os discos de vinil voltariam a ganhar tanto espaço novamente no mercado e nos nossos corações.
O “long-player” (LP), vinil ou apenas disco é uma mídia para reprodução musical desenvolvida no final da década de 1940, pelo húngaro Peter Carl Goldman a pedido da Columbia Records.
Na época, era onde ele trabalhava e a gravadora desejava um material que fosse mais resistente, durável e que pudesse ser usado para gravar um volume maior de músicas.
Há quem diga que a Columbia Records foi a responsável pelo lançamento do primeiro disco de vinil. No entanto, outros alegam que foi a empresa alemã Deutsche Gramophon.
Na época, a tecnologia existente para discos era feita de goma-laca, também conhecida como disco de 78 rotações, que foi substituída pelos discos de vinil posteriormente, que trata-se um material plástico, usualmente na cor preta e que registra informações de áudio reproduzidas por meio de um toca-discos.
Além de representarem um acontecimento inovador para o universo musical, os discos de vinil eram mais leves, suportavam gravações dos dois lados e tinham mais qualidade sonora.
Eles possuem micro sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda até o centro no sentido horário. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico, que é posteriormente amplificado e transformado em som audível.
Por serem tão sensíveis e delicados, os discos precisam de muito cuidado, pois qualquer arranhão e/ou poeira pode danificar o plástico e prejudicar a experiência sonora. Era terríve!
Chegando ao Brasil só em 1951, o disco de vinil foi soberano e dominou o mercado até 1996, para então ser trocado pela nova tecnologia da época, o CD.
Mas, fugindo do caminho que normalmente esperaríamos de uma tecnologia que ficou obsoleta com o passar dos anos, tem acontecido o contrário com os discos de vinil: eles tem ganhado espaço em pleno século XXI.
Sabemos que desde os CDs, diversos outros meios de mídias de áudio foram desenvolvidos, como o MP3 e o streaming. No entanto, os LPs voltaram a ganhar espaço no mercado, chegando, inclusive, a ultrapassar em números de vendas a tecnologia da qual foi precursora, os CDs.
Durante o período de pandemia, provavelmente pela ausência de festas e festivais, os amantes de música passaram a investir mais na aquisição de vinis.
Atualmente, empresas voltaram a fabricar e comercializar os agora “vintage” discos, reativando a produção de toca-discos (ou vitrolas). Agora, não mais é preciso ir a uma loja de artigos antigos para adquirir uma peça dessas e é possível apreciar essa experiência sonora de diversos lugares.
Além disso, artistas da nova geração também vendem suas músicas em discos de vinil. Alguns exemplos são: Lady Gaga, Lana Del Rey e Lorde.
Hoje, os discos de vinil possuem um grande espaço no mercado e no coração dos apreciadores de música, com fábricas espalhadas ao redor de todo o mundo.
Não há como negar que os vinis possuem um charme único e nos fazem lembrar que a música é o que tem de mais atemporal em toda a nossa humanidade.
Ter de volta a moda dos discos nos permitiu, por exemplo, ter a oportunidade de colecionar artigos como o álbum especial de vinil com os hinos da música eletrônica lançado pelo Tomorrowland. Podemos dizer que estamos no melhor dos mundos: o mix entre o digital e o vintage. E você, o que acha dos discos de vinil?
Fonte: Polysom, Calendarr, Palybpm, Rolling Stone
Comentário (1)
Parabéns.
Uma ótima matéria neste dia de hoje. 20 de abril de 2024.
Postei no portal da rádio Passaré FM.