Foto: Jaqueline Barbosa
Entre os dias 19 a 21 de agosto, o Projeto Vale Sustentável ministrou o curso de Conservação dos Recursos Naturais e Práticas Agrícolas Sustentáveis para 55 agricultores familiares nos Assentamentos Novos Pingos e Professor Maurício de Oliveira, no município de Assú, no Rio Grande do Norte.
O projeto é executado pela Associação Norte-Riograndense de Engenheiros Agrônomos (ANEA), em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
A educação ambiental tem sido um pilar fundamental para conscientização das populações rurais sobre a preservação das florestas, especialmente do Bioma Caatinga.
O curso foi ministrado pela bióloga Mahara Cirne, o técnico agrícola Luciano Bezerra e pelo coordenador do projeto, Elisângelo Fernandes que comentou sobre a importância da capacitação.
“A conservação dos recursos naturais e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis são fundamentais para garantir a equilibrio dos ecossistemas, a melhoria da qualidade de vida da população, bem como a saúde e o bem-estar das gerações atuais e futuras. Por isso é importante que agricultores aprendam novas práticas que garantam a sustentabilidade ambiental e a melhoria da qualidade de vida no campo. A biodiversidade é essencial para a estabilidade e a resiliência dos ecossistemas. A diversidade biológica proporciona uma série de serviços ecossistêmicos, como polinização, controle de pragas, regulação do clima, combate a desertificação e purificação da água. A conservação das florestas e dos manguezais, por exemplo, ajuda a manter a qualidade da água, filtrando poluentes e controlando a erosão do solo. A preservação das nascentes e dos cursos d’água é considerada vital para garantir a disponibilidade de água doce para consumo humano, dessedentação animal, agricultura e outras atividades”, disse o coordenador do projeto, Elisângelo Fernandes.
Para o técnico agrícola Luciano Bezerra, as práticas sustentáveis minimizam o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, reduzindo a contaminação dos solos e das águas. Além disso, a agricultura sustentável promove o uso eficiente de energia, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.
“A alternância de diferentes culturas ajuda a manter a fertilidade do solo e a prevenir o esgotamento dos nutrientes. O uso de plantas de cobertura e adubação orgânica melhora a estrutura e a fertilidade do solo. Métodos como plantio direto e diversificação de culturas ajudam a controlar pragas e doenças de forma natural. Técnicas como a irrigação por gotejamento e a captação de água da chuva ajudam a utilizar a água de forma mais eficiente”.
O agricultor Bruno Souza de Andrade, reside na região do Vale do Açú e participou da capacitação junto a sua família. “Nós reaproveitamos o material orgânico domiciliar para a fazer a compostagem utilizadas nas hortaliças, casca de ovos e de banana e qualquer material que possa ser usado. Estamos produzindo na nossa terra alface 100% orgânico”, disse o agricultor que pegou dicas de compostagem com os técnicos do projeto.
Para a agricultora Samara Rejane, moradora do Assentamento Professor Maurício de Oliveira, o curso é muito importante para a comunidade. “O projeto já está por aqui a muito anos, a capacitação é riquíssima em conhecimento que serão passados aos nossos filhos e netos. Aprendemos a reciclar o lixo, aproveitar os resíduos sólidos e ficar atentos as queimadas que fazem mal a saúde e ao meio ambiente. São muitas ações que vão desde o reflorestamento a implantação das hortas”, afirmou.
Práticas sustentáveis garantem a produção contínua de alimentos saudáveis e nutritivos. A agricultura sustentável pode criar oportunidades econômicas e melhorar as condições de vida das comunidades rurais.
Ao implementar essas práticas, podemos criar sistemas agrícolas mais resilientes e benéficos tanto para as pessoas quanto para o planeta. Os dois assentamentos recebem ações do projeto desde as versões anteriores. Até 2027, os nove municípios atendido vão receber capacitações deste tipo.
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