Elon Musk quer cortar 10% dos empregos da Tesla, e mercado entra em modo pessimismo

O homem mais rico do mundo tem um “sentimento muito ruim” sobre a economia. E ele não é o único.

FOTO: Reprodução.

 

Hoje tem payroll, relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA e considerado um dos dados mais importantes para se medir a força da economia americana. Analistas esperam que tenham sido criadas 320 mil novas vagas de trabalho no país em maio, contra um aumento de 428 mil em abril.

Os números do relatório vão passar por uma análise complexa dos investidores, que devem tentar adivinhar os próximos passos do Fed.
O mercado de trabalho americano já está aquecido, e, se o total de novas vagas surpreender ou os salários crescerem muito, pode significar que as pressões inflacionárias aumentarão e o banco central americano terá que agir mais rápido para conter o aumento dos preços.
Mas não é só o Fed que assusta. Cada vez mais cresce o medo de uma recessão em solo americano. A mais recente dose de pessimismo veio de ninguém menos que Elon Musk, o homem mais rico do mundo.
Em um e-mail interno para executivos da Tesla, ao qual a agência de notícias Reuters teve acesso, o bilionário diz que as contratações na empresa de carros elétricos estão pausadas e que quer cortar cerca de 10% dos empregos na montadora.
O motivo? Um “sentimento muito ruim” sobre a economia.
O alerta veio poucos dias depois de Musk exigir o retorno ao trabalho presencial de todos os funcionários da Tesla (mais sobre isso abaixo). No total, a empresa tem cerca de 100 mil empregados.
Na bolsa, as ações da Tesla caem mais de 3% no pre-market desta sexta-feira. Mas o impacto do pessimismo de Musk pode contaminar todo o mercado. Afinal, não é uma boa notícia quando o homem mais rico do mundo diz que tempos sombrios estão chegando. Tanto que os índices futuros americanos apontam para baixo nesta manhã, com a Tesla pesando.
Musk não é o único. Depois do CEO do JP Morgan alertar sobre um “furacão econômico” vindo aí, foi a vez de John Waldron, presidente do bancão americano Goldman Sachs, trazer sua dose de pessimismo: ele disse que a economia enfrenta choques econômicos “sem precedentes”.
Fonte: Bruno Carbinatto/Revista Você SA
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