Cress-RN lança campanha “Em violência contra a mulher, assistente social mete a colher”

Neste 8 de março, o Conselho Regional de Serviço Social do RN (Cress-RN) lança a campanha “Em violência contra a mulher, assistente social mete a colher”. O objetivo é mostrar a importância das políticas públicas no combate ao feminicídio e a importância dos assistentes sociais no atendimento à mulher em situação de violência.

Em sua atuação profissional, assistentes sociais contribuem nos serviços que compõem a rede de enfrentamento à violência contra a mulher e na efetivação do sistema de garantia de direitos, previstos na Lei Maria da Penha, Assistência Social, Previdência, Saúde, Educação, Emprego e Renda etc.

Os profissionais têm o papel de acolher, fazer uma escuta qualificada e desvelar as informações acerca do contexto social, cultural, familiar e econômico, para subsidiar os encaminhamentos e buscar ultrapassar a lógica da culpabilização da mulher.

Para a presidenta do CRESS-RN, Angely Cunha, o principal mecanismo de prevenção do feminicídio são as políticas públicas para as mulheres. “Foi por intermédio das lutas feministas que a violência contra a mulher passou a ser reconhecida como inerente ao padrão das organizações desiguais de gênero”, afirma.

“É necessário investir em políticas públicas de prevenção e combate à violência contra as mulheres, não só com recursos financeiros, mas também com a capacitação das instituições e profissionais para lidar com a problemática”, defende Angely.

Ela ressalta que, em muitas situações, algumas mulheres sofrem novas violências ao buscarem atendimento junto às instituições. “O modo de atendimento influencia muito a vítima a dar continuidade ou não no processo”, ressalta.

Em casos de violência doméstica contra a mulher, o assistente social é acionado pela equipe multiprofissional ou pode identificar a situação em seu próprio atendimento. A partir daí, faz os encaminhamentos e relatório social para o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) e Ministério Público.

Além disso, orienta a usuária sobre a importância da denúncia pelo disque 100, 180 e 190, bem como do boletim de ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) ou Delegacia de Plantão. “Nossa atuação sempre será pautada em criar estratégias capazes de driblar as correlações de forças desfavoráveis e superar as dificuldades encontradas no cotidiano profissional”, diz Angely.

“Acreditamos que o principal mecanismo de prevenção do feminicídio são as políticas públicas para as mulheres”, defende a presidenta. “Nós, assistentes sociais, somos chamados a viabilizar direitos e reafirmamos a importância do nosso trabalho contra a violência de gênero e por uma nova ordem societária, que supere a dominação sob os moldes patriarcais”.

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