PENSE! Felinto Lúcio: Há 34 Anos Esse Gênio Da Música Nos Deixava; Áudio e Vídeo

Foto; Cláudio Galvão

Nascido no Sertão do Seridó, mais precisamente em Carnaúba dos Dantas, sempre trabalhou como agricultor. Aprendeu as primeiras lições musicais com um primo, compôs sua primeira música aos 17 anos. Depois, compôs valsas, mazurcas, dobrados e peças sacras. Uma parte do seu repertório está registrada em partituras que se encontram em mãos da família, em arquivo pessoal.

Em 1978, o Centro Cultural Mobral gravou em um LP duplo, algumas de suas obras, contando com a participação do maestro Radamés Gnattali. Em 1982 gravou depoimento para o programa “Memória viva”, da TV Universitária. Em 1983, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Ufrn) gravou outras de suas composições em um LP editado naquele ano. Em 1997 teve a música sacra “A quinta novena”, executada em missa na Catedral do Rio de Janeiro, com a presença do Papa João Paulo II. Em 1999, por ocasião das comemorações dos 400 anos da fundação da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, teve sua composição “Estréia”, gravada pelo Quinteto Natal Metais no CD “Nação Potiguar”.

A iniciação nos instrumentos se deu com um clarinete feito de pereiro com chaves de latão e abafadores de sola, confeccionado pelo carpinteiro, violinista, escritor e historiador Mamede Azevedo Dantas. A sua primeira composição foi um dobrado de nome “Estréia”, em 1917, como que anunciando a fértil obra que ali se iniciava. Dois anos depois, compõe a valsa “Culpa e Perdão”, inspirado pela leitura de um livro homônimo. Casou-se em 1918 com Antônia Jacinta de Medeiros, com quem teve 14 filhos. O décimo quarto, um natimortò de 2 meses, causou a morte da primeira esposa. Em 1935, casou-se pela segunda vez, com Delzira Medeiros Dantas, que era sobrinha da primeira esposa. Deste enlace, nasceram 16 filhos. Dos trinta filhos que gerou 14 sobreviveram. Na ocasião do nascimento dos filhos, compunha uma música, sempre que nascia um menino, dedicava-lhe um dobrado, quando menina, uma valsa. A partir de 1920 passa a reger a banda de Acari, cuja estréia oficial se daria sete anos depois, durahte a abertura da festa de Nossa Senhora da Guia, padroeira da cidade.

A música do compositor FELINTO LÚCIO DANTAS pela energia criadora, lembranos um WAGNER: pelo dom da melodia, um SCHUBERT: pelo romantismo um DEBUSY, ou LISZT: pelos vôos da inspiração musical, um ROSSINI, pela paixão pela música, um VERDI: pela harmonia um BACH; pela força de sentimento, um BERLIOZ: pela incomparável expressão, um BEETHOVEN. Isso falando de suas MÚSICAS SACRAS que são executadas no VATICANO, porque nas suas músicas populares, onde expressa a alma carnaubense, para mim, ele é o GRIEG
SERIDOENSE.” Depoimento da escritora Donatila Dantas.

Nascimento: 23/3/1898, em Carnaúba dos Dantas, RN
Morte: 11/9/1986, em Carnaúba dos Dantas, RN

 

Fontes:

EDUFRN

DICIONARIOMPB

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Comentários (3)

  • Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto Responder

    Felinto Lúcio, um dos baluartes da “Terra da Música”: Carnaúba dos Dantas.

    13 de setembro de 2020 at 05:49
  • Voz do Povo Responder

    Sou de Carnaúba, peço a permissão para replicar colocando a fonte no meu site sobre o inesquecível Felinto Lúcio, aguardo retorno em (84) 9 8844-3297, Carlinhos, Voz do Povo.

    11 de setembro de 2020 at 16:23

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