As pessoas estão buscando a vida fora das metrópoles  (Julia Ades )

REPRODUÇÃO

Muitos de nós, quando crianças, passávamos férias na praia ou no interior ou na praia. Eram tempos de brincar, se sujar, tomar sorvete, passear, jogar bola, comer comidas gostosas. A memória afetiva é muito forte, mesmo hoje, enquanto adulta, levando uma vida agitada e carregada de responsabilidades.

Quando voltávamos das férias, era comum que precisássemos escrever ou desenhar sobre as nossas férias na escola. Naquele papel em branco, podíamos criar histórias com o que havíamos vivido.

Por que contei tudo isso? Porque, em determinados momentos de nossas vidas, a pureza e o lúdico da infância vêm à memória com força. Lembramos da nossa euforia enquanto estávamos livres, soltos, brincando na grama, com as árvores, com os bichos. A tentativa de resgate dessas sensações é um dos fatores que mais impulsiona a mudança da vida metropolitana para cidades de pequeno e médio porte.

Em 2020 o mundo conheceu a covid-19 e essa realidade, tão dura e triste, resultou na intensificação do movimento do Êxodo Urbano. Muitas pessoas saíram das metrópoles para viver uma nova vida no interior ou na praia. Quando a pandemia acabar, e ela vai acabar, veremos pessoas com novos comportamentos. Não só pessoas, mas os formatos e possibilidades de trabalho, inclusive. O home office já não é mais visto como uma ameaça à produtividade.

A realização do Êxodo Urbano dá medo, muitas vezes – como toda mudança. Principalmente no que diz respeito à estrutura financeira e sensação de solidão. Por outro lado, a qualidade de vida chama em voz alta, atrelada à sensação constante de desgaste, ansiedade e cansaço. Tem sempre algum gatilho que impulsiona o movimento. Em certos momentos de nossas vidas, tentamos resgatar as nossas fantasias da infância como forma de sobrevivência.

Em tempo, para informação adicional: um estudo feito pela Apoema mostrou pessoas que deixaram a vida metropolitana para viver uma vida perto da natureza. Foi importante entender não só suas motivações, mas seus medos e percepções em relação a tudo isso. Um dos resultados, o documentário O Êxodo Humano, já está disponível no YouTube. Para mais informações acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=CxLq-oAQmOo&t=402s

Você já pensou em se mudar das metrópoles? 

*Julia Ades é Fundadora e Head de Pesquisa na Apoema, Agência de pesquisa de comportamento que se propõe a humanizar os consumidores de grandes marcas – apoema@nbpress.com

Sobre Apoema

Agência de pesquisa de comportamento que se propõe a humanizar os consumidores de grandes marcas. Nasceu em 2016, com a empreendedora Julia Ades, e ganhou o reforço da Helena Dias no fim de 2020. Juntas elas estudam comportamentos indo a fundo no que realmente as pessoas são, o que fazem, suas essências, contextos e, com os dados colhidos, criam materiais como mini documentários, podcasts, e relatórios completos que aproximam o mundo corporativo das diferentes realidades.

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