Oficialmente, o Brasil nunca ganhou um Oscar, mas ficou no quase algumas vezes. Tem estatueta que até dá para chamar de brasileira. Mas só com extrema boa vontade.
‘Onde eu moro’ concorre à estatueta de Curta Metragem. História do Brasil na premiação tem ‘vice’ de Carlinhos Brown e Sergio Mendes.
“Onde Eu Moro” foi indicado como Documentário em Curta Metragem. O cineasta carioca Pedro Kos é o diretor do filme, ao lado do americano Jon Shenk.
O documentário de 40 minutos retrata três anos das vidas de pessoas sem teto em cidades como Los Angeles e San Francisco. “Foi uma jornada de transformação para nossa equipe”, disse Kos ao g1.
“Eles nos ensinaram que há mais coisas que nos unem do que nos separam e, generosamente, compartilharam suas histórias, lembrando-nos de que todos nós merecemos ter um lugar digno de ‘onde morar'”, comentou o diretor brasileiro.
“Onde Eu Moro” concorre com “Audible”, “The queen of basketball”, “Três canções para Benazir” e “When we were bullies”.
Crítica
Indicado ao Oscar 2022 de Melhor Curta Documentário, Onde Eu Moro toca no urgente tema das populações em situação de rua. Porém, nos seus 40 minutos, o filme traça um painel superficial dos pontos de vista humano, social, político e cinematográfico.
A abordagem dos cineastas Pedro Kos e Jon Shenk pode ser definida como um rasante distanciado sobre uma questão complexa. Para começo de conversa, há as entrevistas com pessoas sem-teto que expõem medos e anseios. Sobressaem as particularidades dos personagens nessa construção clássica, com a câmera registrando de frente, sem oferecer o contraplano.
Os bate-papos servem somente para que tenhamos conhecimento da heterogeneidade da gente que sobrevive como pode às dificuldades atreladas à impossibilidade de moradia.
Dentre eles, o homem que fala dos contratempos com a justiça e dos problemas mentais que lhe dificultam persistir na busca por abrigo; o jovem transexual cujo testemunho acrescenta a falta de apoio familiar pós-revelação de sua identidade de gênero; a mulher que desaba ao mencionar que não tem ninguém; a senhora que trabalha e volta diariamente para seu beliche num abrigo.
A ideia é bem esta: construir uma ampla imagem que contenha perfis diversificados.
Fontes: G1 e Papo de Cinema
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