CINEMA: “OBLIVION” – CRÍTICA DE NEWTON RAMALHO [TRAILER]

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Recordações do futuro

Apesar do gênero ficção-científica ser muito popular no cinema, é também um dos mais difíceis de satisfazer o público, tanto pela própria evolução tecnológica, quanto pela pobreza de novas ideias, repetindo-se velhos sucessos para garantir boas bilheterias. Por isso, é muito bom assistir um filme como “Oblivion” (EUA, 2013), que traz algo diferente para os amantes do gênero.

Estamos no ano 2077. O planeta Terra está arrasado, praticamente sem vida, após uma terrível guerra contra invasores alienígenas. A guerra foi vencida pelos humanos, mas a um custo altíssimo, resultando em um planeta estéril, com muitas áreas com alto nível de radioatividade.

A maioria dos seres humanos foi deslocada para Titã, o maior satélite de Júpiter, enquanto uma pequena força permaneceu na órbita da Terra, em uma gigantesca estação espacial de nome TET. Outras máquinas colossais sugam a água dos oceanos para transformá-la em energia.

Para proteger essas máquinas, existem os Drones, robôs voadores que vigiam o território próximo, pois ainda existem alienígenas remanescentes, chamados Saqueadores, que constantemente atacam as instalações humanas.

Jack Harper (Tom Cruise) e sua parceira Vika (Andrea Riseborough) estão entre os poucos humanos que ainda estão próximos ao planeta desolado. Do alto de uma estação orbital, apenas alguns quilômetros acima da superfície, eles fazem a manutenção dos Drones, sempre sob a supervisão da equipe do TET.

Jack e Vika tiveram suas memórias apagadas de todos os acontecimentos passados. A eles só importa que em apenas duas semanas deixarão a Terra para juntar-se ao resto da Humanidade em Titã.

Mas, se para Vika tudo está bem, o mesmo não acontece com Jack. Ele é perturbado constantemente por sonhos com uma estranha mulher, ao mesmo tempo em que se questiona se realmente devem abandonar a Terra.

Dois eventos irão mudar radicalmente a sua rotina. Ao investigar a queda de uma antiga espaçonave terrestre, ele descobre que a misteriosa mulher está entre os sobreviventes, num habitáculo de vida suspensa. Para sua surpresa, os Drones matam todos os humanos, enquanto ele fica na frente do robô para proteger a mulher.

Em seguida, eles são capturados pelos Saqueadores, que na verdade não são alienígenas, mas, humanos disfarçados, que vivem escondidos em antigas instalações subterrâneas.

Jack se depara com muitas revelações que irão mudar radicalmente a sua ideia de mundo, principalmente quando ele descobre que não está sozinho, que nada que ele conhece é verdade, e que o destino da Humanidade está – literalmente – em suas mãos.

“Oblivion” traz alguns elementos conhecidos, como o cenário apocalíptico – antes que eu me esqueça, Nova York foi destruída mais uma vez – a ameaça alienígena, a resistência dos humanos, etc..

Mas, o roteiro é bem amarrado, a montagem tem um ritmo empolgante, e os efeitos especiais, presentes em praticamente todas as cenas do filme, são absolutamente deslumbrantes.

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O elenco principal, apesar de reduzido, está muito bem, a começar pelo próprio Cruise, um cinquentão que continua protagonizando papéis de ação. A ucraniana Olga Kurylenko repete seu ótimo desempenho de filmes anteriores, mas o trabalho maior ficou para Andrea Riseborough, a amante e chefe de Harper. Entretanto, quem sempre surpreende é o veteraníssimo Morgan Freeman. A direção é de Joseph Kosinski, que já havia dirigido “Tron: O Legado” (“Tron: Legacy”, EUA, 2010) e também do esperado “Top Gun: Maverick” (EUA, 2022), que deverá estrear em maio de 2022.

“Oblivion” é uma ficção-científica repleta de ação, com algumas boas surpresas na história, e um visual de encher os olhos. Embora tenha muitas explosões e tiroteio, não há violência explícita, de modo que é um programa para toda família, o que é favorecido pela classificação indicativa de 12 anos.

TRAILER:

Este filme está disponível no serviço de streaming Amazon Prime Video

Visite: www.colunaclaquete.com.br

Newton Ramalho – colunaclaquete@gmail.com

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