Conheça o whisky que pode custar mais de R$ 5 milhões

Whisky mais cobiçado do mundo, o The Macallan é recordista de prêmios e tem uma produção limitada de cada lote

Por Guilherme Grandi (Gazeta do Povo)

A icônica imagem de Clint Eastwood bebendo uma dose de whisky puro nos filmes de faroeste, sem gelo e num gole só, permeia o imaginário popular de muita gente. E normalmente não é qualquer rótulo da bebida, mas o clássico The Macallan.

Os rótulos mais caros do The Macallan podem custar mais de US$ 1 milhão. Foto: Visualhunt.

Considerado o whisky mais cobiçado do mundo, o The Macallan foi criado em 1824 na Escócia e já abocanhou tantos prêmios que colecionadores pagam verdadeiras fortunas por lotes especiais da bebida. Ele está até mesmo no Guinness Book, o livro dos recordes, por ter tido uma garrafa de 60 anos arrematada por US$ 1,5 milhão (R$ 5,62 milhões) no final do ano passado.

Rafael Oliveira, bartender do bar Punch Drink & Co., de Curitiba, o The Macallan é um daqueles produtos que levam ao pé da letra a máxima de que tudo que é bom é caro. No caso dele, todo o valor agregado de produção.

“O The Macallan tem aquelas coisas em que a qualidade do whisky faz com que o preço se justifique. Ele é um single malt, ou seja, feito com um malte único, tem uma série de particularidades e produção extremamente limitada que dão uma aura especial. Não à toa, ele é o whisky mais caro do mundo mesmo nas versões mais simples”, conta. Cada dose no Punch custa R$ 65.

Entre as particularidades que o tornam tão caro estão a madeira usada no envelhecimento da bebida e até mesmo a quantidade da bebida envasada no alambique. O embaixador do The Macallan no Brasil, Gianpaolo Morselli, contou ao Bom Gourmet que a própria marca produz os barris usados na maturação do whisky, e que apenas 16% do que é produzido chega ao consumidor final.

“Nenhuma outra destilaria do mundo faz os próprios barris, apenas o The Macallan. São usadas madeiras de carvalho com mais de 100 anos de idade, que dão mais aroma e sabor à bebida. E também nem tudo do que é destilado vai ao mercado. A gente só usa o ‘coração’ da bebida, descartando o começo e o final da produção do alambique, enquanto que a média do mercado é de 40%”, explica.

Segundo Gianpaolo, este uso limitado faz com que a ressaca do dia seguinte de uma garrafa inteira seja muito menor que de outras marcas de whisky.

Mais raro, mais caro

Foto: Facebook

Embaixador do The Macallan no Brasil, Gianpaolo Morselli (FOTO ACIMA) conta que a produção é extremamente limitada. A versão de entrada do The Macallan disponível no Brasil, envelhecido 12 anos, custa em torno de R$ 299,90. Mas, pode chegar a R$ 4.999,90 no rótulo Rare Cask, produzido com barris raros de carvalho.

“Em via de regra, se você tiver duas madeiras iguais usadas em um barril grande e em um pequeno, o menor vai ter um sabor muito mais rico e complexo. É o caso do Rare Cask, com barris raros e com menor quantidade disponível”, analisa Gianpaolo Morselli.

Ele ressalta ainda que versões muito mais raras do The Macallan podem alcançar cifras de US$ 100 mil dependendo da venda. Quanto mais tempo envelhecendo, menor será a quantidade produzida. Assim, o preço vai nas alturas.

“Tem também os barris específicos, como os feitos com madeiras de árvores de 150 anos que deixam a bebida ainda mais complexa. Temos um especialista que analisa os barris e escolhe os ideais para a produção de bebidas excepcionais”, conta.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/produtos-ingredientes/whisky-the-macallan/

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