CURIOSIDADES (Dalton Melo de Andrade)

BULLYING É FRESCURA – Hilneth Correia

Reprodução

Gosto muito de ouvir música no YouTube, principalmente pela variedade e, às vezes, surpresas muito agradáveis. Geralmente, escolho a primeiras música e deixo ao critério dele a escolha das seguintes. Quando não quero ouvir, mudo logo para outra.

Ontem, ocorreu um fato interessante. Um programa recordando Tony Bennet, que tem ótimas músicas, do estilo que gosto, tocado por um conjunto que já conhecia e que é muito bom. Mas, ao escutar quero ver os músicos! Quando não aparecem, mudo para outras coisa. E nesse caso só apareceu a ponte de San Francisco do começo ao fim. Tive paciência e ouvi até o fim, já que as músicas eram ótimas e me trouxeram boas lembranças de quando morei em Logan, Utah, onde se encontra a universidade onde estudei, Utah State University.

Nas férias, fazíamos um grupo de brasileiros, a maioria companheiros da UFRN que estavam lá, e saíamos “pela aÍ”. E nesse “pela aí”, atravessei essa ponte. Trouxe-me lembranças de uma dessas viagens, dirigindo pelo Oeste americano, Colorado, Arizona, Nevada e Califórnia, visitando alguns pontos que nos atraiam.

Fomos conhecer a Hoover Dam, construída por Roosevelt durante a depressão. Enorme, no rio Colorado, fronteiras de Nevada e Arizona, construção terminada em 1936, 221 metros de altura, uma parede que permitem a passagem de carros. Vale a visita.

De lá, fomos para Las Vegas. Embora não tivesse os belos hotéis e casinos de hoje, já era surpreendente. Com dinheiro de estudantes, nos hospedamos num motel. Mas, a primeira coisa que fizemos na primeira noite foi ir para o melhore cassino da época. Pouco dinheiro, praticamente não jogamos. Umas moedas nas caça niqueis, torcendo para conseguir uns centavos. Acho que ganhei uma moedinhas. Mas, o que me impressionou foi um diálogo com um segurança do cassino. Uns cinzeiros belíssimos, num lugar super policiado, resolvi perguntar onde podia comprar um como lembrança: pode levar, respondeu, estão aí para serem roubados. Lembrança do casino.

Daí fomos paras Los Angeles e São Francisco, quando atravessei a ponte. Há três episódios nesse trecho que nunca esqueci.

Nunca me pediram um documento nos Estado Unidos e eu já tinha me acostumado, por isso tive um susto na fronteira entre Nevada e a Califórnia. Os caras mandaram parar o carro e eu já me preparava para mostrar os documentos a um policial. Ele disse, não, não precisa. É que está havendo um surto de pragas nas frutas de Nevada e queríamos saber se o senhor traz algumas. Eu disse, não. Agradeceu, pediu desculpas e nem sequer preocupou-se em revistar o carro.

A outra foi uma senhora idosa que me pediu uma orientação. Disse que também não sabia, pois não era de lá. Estava visitando como ela. E aí me perguntou: você é da minha Nova York?

A última estória é do Yosemite Park. Um espetáculo. Onde têm aquelas arvores gigantes. Passei com o carro dentro de um troco. Parei num local onde têm um restaurante, bar, e um Correio. Comprei uns cartões para mandar para Natal, e fui postá-los. O senhor que me atendeu leu o endereço, virou-se para mim e disse: o senhor é de Natal? Sou, respondi. Ele virou-se de novo para mim e disse: servi lá durante a guerra; peguei uma coceira na praia de Miami que me persegue até hoje.

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