DIA NACIONAL DA SAÚDE:  A IMPORTÂNCIA DE FALAR SOBRE A DOENÇA

Foto: Leandro Taccilo de Novaes Alves

Quem mais nega a nova situação que acomete a família, geralmente, é quem mais está sofrendo com ela. A negação tenta diminuir o sofrimento excluindo a doença das conversas, ou deixando de confrontar as emoções que a situação traz. Neste Dia Nacional da Saúde, o Bem me Care, programa que há mais de 10 anos cuida de famílias que receberam um diagnóstico médico difícil, convida a mudar o olhar sobre a doença e sobre como tratar dela dentro do núcleo familiar.

Uma defesa comum contra o sofrimento que a realidade traz é a negação. “É humano desejar ficar em uma zona de conforto, sem precisar encarar uma situação impactante e que gera sofrimento”, lembra Cláudia Barroso, psicanalista à frente do Programa Bem me Care há mais de 10 anos.

O Bem me Care se propõe a acolher os dilemas e as mudanças pelas quais os familiares de quem se adoentou estão passando, para exatamente poder orientar, tanto nas necessidades emocionais quanto práticas, para que o próprio paciente tenha um ambiente mais propício à sua recuperação ou nova condição.

Neste dia 5 de agosto, escolhido como Dia Nacional da Saúde em homenagem ao sanitarista Oswaldo Cruz, Cláudia chama atenção para a importância de falar sobre a doença para desmistificar sentimentos e equilibrar o impacto dela nos membros que precisarão atuar como acolhedores nessa hora.

“Quem mais nega a nova situação que acomete a família, geralmente, é quem mais está sofrendo com ela”, revela Cláudia Barroso, psicanalista que lidera o Bem me Care. Segundo Cláudia, é importante acolher as próprias emoções: “famílias que permitem o devido cuidado a todos os envolvidos têm maiores condições de auxiliar a pessoa que está doente”.

O programa atende apenas a família e não o ente adoecido e foca na situação do abalo psíquico causado pelo diagnóstico médico grave com o qual estão convivendo, sem tratar individualmente questões psicológicas antigas dos participantes. O tratamento pode ser individual ou em grupo e podem participar familiares, amigos e até mesmo colegas de trabalho, dependendo de quais dinâmicas o diagnóstico atingiu.

O programa acolhe famílias e pessoas que convivem com quem teve ou tem um diagnóstico de doenças graves e até fatais, como câncer e AIDS, mas também como Alzheimer, Parkinson, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), Síndrome de Down e até a própria Covid-19, nos dias de hoje.

Sobre Cláudia Barroso

Cláudia Barroso é Psicóloga Clínica formada pela Fundação Mineira de Educação e Cultura – FUMEC, com especialização em Psicoterapia Breve Psicanalítica pelo Instituto Sedes Sapientiae e Psicoterapia de Casal e Família. É Terapeuta Sexual, formada pelo Isexp e Psicanalista formada através de processo particular. Além de fundadora e idealizadora do projeto Bem me Care e coautora do livro “O impacto da má notícia médica na família. Uma visão psicanalítica”, é também gestora do Falhei & Disse – Reflexões Psicanalíticas com Entretenimento. Hoje atende crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias em seu consultório em São Paulo, atuando também de forma on-line.

Mais informações:

https://www.bemme.care/ contato@bemme.care

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