A impressão em 3D é uma das maiores invenções das últimas décadas. Ela surgiu em 1984 e foi inventada por Chuck Hull, um norte-americano do estado da Califórnia, em 1984.
Ele usou a estereolitografia, uma tecnologia precursora da impressão 3D. Hull já havia desenvolvido, um ano antes, a tecnologia do que viria a ser a máquina, quando ela tinha duas funções principais, sendo uma delas a criação de lâmpadas para solidificação de resinas, primeiro objeto criado pela ferramenta.
Essas impressões são feitas a partir de um arquivo tridimensional. A máquina constrói uma peça colocando camadas de matéria-prima até chegar a uma forma. Esses arquivos usados podem vir de desenhos tridimensionais feitos em software de criação, scanner 3D ou de imagens tridimensionais da internet.
Com o passar dos anos, o uso dessa tecnologia começou a ser mais utilizado. As impressoras 3D tornaram-se financeiramente acessíveis para pequenas e médias empresas e também para a população, pelo menos no exterior.
A tecnologia já é utilizada em diversos ramos de produção, como em joalherias, calçados, design de produto, arquitetura, construção de protótipos de automóveis e indústrias de desenvolvimento médico.
Edifício
Antes de ser transportada e montada na vila de Mulegns, nos Alpes Suíços, a Torre está sendo impressa em seções. Ao todo, o projeto tem mais de 100 colunas, com um espaço para apresentações no topo. Essa torre tem um intrincado estilo de influência barroca e terá 30 metros de altura.
Suas colunas irão apoiar cinco andares e irão formar a fachada semiaberta, composta por uma membrana removível instalada para proteger o interior da torre quando for necessário.
Quem for visitar a torre irá poder entrar nos andares inferiores, que irão ser feitos por colunas volumosas que criarão espaços menores e mais imponentes. Através de uma escada em espiral, eles irão subir cada andar, que vai ficando visivelmente mais arejado e leve até chegar ao hall no topo.
A Torre Branca irá ter um palco e capacidade para 45 visitantes, o que permitirá que peças teatrais e shows pequenos possam ser feitos nela. E quando essas apresentações terminarem, a torre irá ser desmontada e montada em outro lugar.
Construção
“Toda a estrutura da torre é projetada por meio de um software customizado que permite a definição precisa da geometria e pode enviar os dados necessários diretamente aos robôs de impressão”, explicaram os pesquisadores da ETH Zurique.
Segundo os idealizadores do projeto, essa tecnologia faz com que elementos não padronizados e feitos sob medida sejam fabricados eficientemente. E com as tecnologias convencionais, essas formas seriam praticamente impossíveis de serem reproduzidas nessa escala.
A Torre Branca irá ser montada a partir de 102 peças individuais impressas em 3D, e elementos só irão ser preenchidos com concreto onde for preciso estruturalmente. Isso irá diminuir de forma drástica o uso de material na obra e dará mais segurança para quem a visitá-la.
Impressão 3D
A impressão 3D já foi usada outras vezes no ramo da construção. Como por exemplo, quando a maior impressora 3D da Europa imprimiu uma casa inteira de dois andares. Isso aconteceu através do esforço da empresa de construção belga Kamp C.
De acordo com a empresa, essa é a maior casa impressa em uma peça com uma impressora fixa em toda a história.
A impressora gigante funciona da mesma forma que seus primos menores que imprimem coisas em plástico. Exceto pelo fato de ela usar um concreto misturado especialmente para construir camada por camada.
O processo tem grandes e importantes vantagens com relação às construções convencionais. Ele é bem mais rápido, muito mais criterioso com o uso do material e também pode diminuir os custos de construção no resultado final.
“A resistência à compressão do material é três vezes maior que a do tijolo convencional de construção rápida. Além das fibras do concreto, a quantidade de armadura usada é extremamente limitada. Como resultado da tecnologia de impressão usada, a cofragem era redundante. Economizando cerca de sessenta por cento em material, tempo e orçamento” explicou Marijke Aerts, gerente de projeto.
A casa impressa tem dois andares com 91 metros quadrados. Ela é mais uma demonstração do que realmente uma estrutura habitável. Mesmo assim, a casa é grande o suficiente. E tem coisas sustentáveis, como por exemplo, painéis solares e aquecimento de piso.
“Imprimir este edifício é principalmente uma declaração. Isso mostra à indústria da construção a acessibilidade e o potencial dessa técnica”, concluiu Emiel Ascione, gerente de projetos da Kamp C.
Fonte: Fatos Desconhecidos e New Atlas
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