Lojas Brasileiras: que fim levou a empresa que era rival das Americanas?

Unidade das Lojas Brasileiras nos anos 1980 Imagem: Divulgação

As Lojas Brasileiras eram uma rede de lojas de departamento que ficou famosa por concorrer diretamente com as Lojas Americanas. A Lobras, como era chamada, porém, fechou as portas em 1999.

Agora em 2023, as Americanas acabam de entrar em recuperação judicial para evitar uma falência.

Brasil x América

As Lojas Brasileiras foram fundadas em 1944, 15 anos depois das Lojas Americanas A rivalidade começou pela escolha do nome. A estratégia de vendas da Lobras foi fortemente influenciada pela concorrente. As duas sempre concorreram em mercado e disputavam o mesmo público.

Era comum encontrar unidades das Lojas Brasileiras próximas de pontos das Lojas Americanas. Em 1982, as Lojas Brasileiras passaram ao controle da família Goldfarb, que já era proprietária das Lojas Marisa.

Em 1999, a rede encerrou as atividades por causa de uma dívida de cerca de R$ 100 milhões. À época, a rede empregava cerca de 6.000 pessoas e tinha 63 unidades espalhadas por 20 estados do Brasil.

Por que as Lojas Brasileiras foram fechadas?

Nos anos 1990, os problemas de gestão da Lobras se agravaram, diz Claudio Felisoni, presidente do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo). Antes do Plano Real, a Lobras e outras empresas de varejo compensavam prejuízos aumentando com frequência os preços das mercadorias.

Como os preços mudavam a todo momento, os consumidores não percebiam a manobra. Depois do Plano Real, que trouxe estabilidade econômica, a prática ficou mais difícil. Por isso, a família Goldfarb preferiu fechar as Lojas Brasileiras e manter as Lojas Marisa, que existem até hoje.

Crise no setor

As Lojas Brasileiras não foram as únicas afetadas com a mudança na economia. Arapuã, Casa Centro, Ultralar, Mappin e Mesbla são algumas das empresas do setor que quebraram na mesma época.

“As empresas de varejo encobriam a má administração repassando esses efeitos nos preços. Esse foi o motivo pelo qual diversas redes fecharam no período”, explica Claudio Felisoni, presidente do Ibevar.

Fonte: UOL

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