Novo gel pode curar feridas em pacientes com diabetes mais rapidamente

Imagem: reprodução/National University of Singapore

Um gel magnético desenvolvido por pesquisadores de Cingapura pode acelerar em até três vezes o tempo para a cicatrização de feridas em pacientes com diabetes. O produto, que foi apresentado em um estudo publicado na revista Advanced Materials, tem o potencial de reduzir o número de amputações de membros em função da doença.

Infecções podem levar a amputação de membros

  • A diabetes reduz a capacidade natural de cicatrização dos pacientes.
  • Isso significa que as feridas demoram mais para cicatrizar, aumentando o risco de infecções.
  • Em alguns casos, isso pode levar a amputação de membros.
  • No Brasil, apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas ou pés) foram realizadas entre janeiro de 2012 e maio de 2023.
  • De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 422 mil pessoas no mundo convivem com a doença, número que tem aumentado nos últimos anos.
  • As informações são do UOL.

Como funciona o gel magnético

Segundo os pesquisadores, as ataduras convencionais não desempenham um papel ativo na cicatrização de feridas de pessoas com diabetes. Elas apenas impedem que a ferida piore, e os pacientes precisam ser agendados para a troca de curativos a cada dois ou três dias, o que representa um grande custo para o sistema de saúde.

O gel de cicatrização de feridas surge como esperança neste cenário. Ele é carregado com dois tipos de células da pele: os queratinócitos e os fibroblastos. A primeira é essencial para a reparação da pele, enquanto a outra ajuda a formação de tecido conjuntivo.

Além das células, o gel também contém pequenas partículas magnéticas. Assim, cada tratamento envolve a aplicação de uma bandagem com o gel.

Testes em laboratório combinaram a aplicação do gel com uma estimulação magnética por cerca de uma a duas horas. Assim, ele cicatrizou feridas diabéticas cerca de três vezes mais rápido do que as abordagens convencionais atuais.

Isso porque a combinação aumenta a atividade dos fibroblastos, o que gera crescimento das células e estimula a produção de colágeno, que é essencial para a cicatrização. Isso também melhora a comunicação com os queratinócitos para promover a formação de novos vasos sanguíneos.

De acordo com os pesquisadores, embora o estudo se baseie na cicatrização de feridas nos pés de pacientes com diabetes, a tecnologia tem potencial mais amplo. A ideia é que ela possa tratar uma série de outras feridas complexas, como queimaduras.

 

Fonte: Olhar Digital

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