O remanejo de voos que salvou a delegação do Grêmio da tragédia da TAM em 2007

A cada ano que passa, no 17 de julho, ressurge a saudade e surgem, ou são requentadas, outras informações sobre a tragédia do voo JJ-3054, da TAM. No último fim-de-semana foi revolvido o capítulo de que a catástrofe poderia ter alcançado o Grêmio Porto-Alegrense – algo como os matizes que arrasaram a Chapecoense em 29 de novembro de 2016.

É que o time gremista tinha viagem marcada, naquela terça-feira 17.7.2007, na rota Porto Alegre/Congonhas, com conexão imediata para Goiânia, onde haveria (e efetivamente se realizou), na quinta-feira 19, a partida Goiás (0) x Grêmio (0), no Estádio Serra Dourada, pelo campeonato brasileiro.

No planejamento gremista não foi possível obter suficiente número de assentos para o primeiro trecho, e a delegação teria que viajar dividida. O treinador Mano Menezes foi contrário e a solução, alcançada só na véspera, foi a opção – disponibilizada pela TAM – pela rota Porto Alegre/Brasília (voo JJ-3764, às 16h), com conexão imediata para a capital de Goiás.

A extensão da tragédia

O vice-presidente do Grêmio, à época, César Pacheco, confirma para o Espaço Vital:

“Por acaso era eu o chefe da delegação. O presidente Paulo Odone tinha um impedimento para ir. Os clubes tinham que viajar pela TAM, que era a fornecedora da CBF.

Fomos então colocados num voo para Brasília, que partiu do Salgado Filho pouco antes do horário do JJ-3054, e da capital federal fomos para Goiânia. Quando ficamos na sala de trânsito em Brasília, a primeira informação que chegou foi a de que caíra um avião de carga em São Paulo.

Só quando chegamos ao aeroporto de Goiânia soubemos da extensão da tragédia. Os primeiros celulares a tocarem foram dos atletas Schiavi e Saja. Parentes deles ligavam da Argentina, pois as informações que chegaram a Buenos Aires eram de ´que o Grêmio estava naquele voo´.

A partir daí houve uma conjunção de informações desencontradas. Comecei, então, a ligar para o Marco Antônio da Silva, um amigo que era superintendente regional da TAM em Porto Alegre. Foram várias tentativas, ele não atendeu, estava também na aeronave que explodira”.

Diego Souza estava no grupo

Outro componente revelado por César Pacheco:

“O Cacalo me ligou e começou a chorar, ficou feliz por ouvir a minha voz, pois a notícia inicial era a de que toda a delegação estava, mesmo, no voo fatídico.

Na manhã seguinte, em várias entrevistas, falei sobre a troca de voo, decidida horas antes. O Paulo Pelaipe era o diretor de futebol. Jogadores eram os mesmos que foram vice-campeões da América em 2007. Lembro do Tcheco, Diego Souza, Douglas, Carlos Eduardo”.

Numa pesquisa no Google, o Espaço Vital chegou à formação do time do Grêmio daquela data: Saja; Patrício, Schiavi, William Machado e Thiego; Edmilson, Diego Souza, Tcheco (Adilson) e Anderson Pico; Everton Costa (Douglas) e Carlos Eduardo (Kely).

Marcelo Grohe e William Magrão estavam no banco e não participaram da partida.

Fonte: espacovital.com.br

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Comentário (1)

  • Joao Responder

    Thiego (zagueiro) morreu no voo da chape. Se salvou no Grêmio mas o destino o levou mais tarde.

    21 de julho de 2022 at 01:23

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