PARNAMIRIM, A VIÚVA MACHADO, A COCA-COLA E A BASE AMERICANA DA II GUERRA[VÍDEO]

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Sobre a Viúva Machado – A verdade

A construção da lenda da Viúva Machado foi projetada em uma mulher que se tornou famosa na Cidade do Natal, principalmente após o casamento, em 1904, com um rico comerciante português, Manoel Duarte Machado. Seu nome era Amélia Duarte Machado (1881-1981), uma típica dama da elite natalense. Durante as três décadas de casamento, Amélia contribuiu para a boa imagem do seu marido promovendo jantares para homens de negócio e figuras ilustres. Manoel Machado era já um bem sucedido comerciante, dono de muitas terras e comerciante de nome, proprietário da Dispensa Natalense. Incentivador da aviação ele teria feito a doação de terras para a construção do primeiro campo de pouso de aviões da cidade, área que depois foi utilizada para a construção do campo de pouso de Parnamirim, importante durante a participação de Natal na Segunda Guerra Mundial.

Após a morte de seu marido, em 1934, e após ter tomado as rédeas dos negócios do falecido, Amélia passou a ser vista com suspeitas diante da sociedade natalense. Era uma mulher forte, viúva, sem filhos, após os mais de dez abortos que sofreu. Nasceu a Viúva Machado, um ser que a oralidade deu forma e fama. Além desses aspectos, a casa de Amélia, localizada ao lado da Igreja do Rosário dos Pretos, passou a ser afetada também pela lenda. Alguns evitavam passar pelo local ou desviavam o caminho, outros sentiam calafrios ao vislumbrar a arquitetura pomposa do palacete ornamentado com gradil e estátuas, provenientes da França e estilo Art Nouveau, prédio construído em 1910, quando a cidade passava por um processo de modernização e tinha cidades com Paris como referência estética e cultural.

Do Lendas do RN

A Coca-Cola

Getty Images

Em 1941, os americanos instalaram sua base militar em Natal, devido à sua localização ser perto da Europa. O governo brasileiro autorizou secretamente os norte-americanos a utilizarem bases aéreas e navais situadas no país, para garantir a defesa do continente americano.

No dia 26 de julho foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto Lei número 3.462, de 25 de julho de 1941, uma das primeiras medidas que autorizava a empresa “Panair do Brasil”, a construir, melhorar e aparelhar os aeroportos do nordeste brasileiro. Desta forma, aviões militares americanos passaram a chegar ao Brasil com maior frequência, reforçando as bases estratégicas estabelecidas no país.

Criado para proteger o continente americano das investidas do Eixo — composto por Alemanha, Itália e Japão –, o Parnamirim Field era, na década de 1940, a maior base aérea estadunidense em território estrangeiro. Ao fim da guerra, o fato rendeu à capital potiguar o apelido de “Trampolim da Vitória”.

Cerca de 55 mil pessoas habitavam o município, que era tranquilo e pacato antes do conflito armado internacional. Natal, naquele período, teve um aumento populacional de 10 mil pessoas.

Foi assim que os natalenses começaram a experimentar o produto. Na época, a política adotada pela empresa em relação á Segunda Guerra Mundial era o de apoiar seus combatentes, oferecendo seus produtos onde quer que estejam, sendo comercializada, a um preço simbólico de cinco centavos (15 centavos nos dias de hoje) de dólar o copo.

Tendo em vista a sua associação com os produtos americanos, o refrigerante acabou exercendo o papel de um símbolo patriótico. A popularidade da bebida aumentou bastante no pós-guerra, quando os soldados voltaram fazendo propaganda do refrigerante.

Da Brechando.com

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