Pedagogo orienta sobre adaptação escolar de crianças autistas

Ilustração

Lidar com a adaptação escolar é um dos maiores desafios enfrentados pelas famílias, sobretudo em um contexto de pandemia. No caso das crianças autistas não é diferente: tão importante quanto a escolha do colégio é a paciência e o esforço para que a nova rotina seja encarada da forma mais natural e lúdica possível.

Autistas tendem a apresentar dificuldades de adaptação, principalmente os que possuem apego a rotinas e rituais, por isso o papel da família é essencial. Em casa, ela pode se utilizar da rotina visual e da previsibilidade.

O coordenador pedagógico do Núcleo Desenvolve Isac Melo destaca que para uma criança com autismo o distanciamento social pode ser ainda mais desafiador. “A pausa nas terapias presenciais e demais alterações que ocorrem no dia a dia são complicadores, porque ela costuma precisar de uma rotina para se sentir mais confortável e conseguir se organizar”, explica.

“Alguns autistas podem não compreender a extremidade do isolamento e, por não aceitarem ser contrariados e tantas restrições, podem apresentar dificuldades na adaptação”, acrescenta o pedagogo. Ele reforça que a família precisa explicar para a criança sobre como a rotina foi modificada e, assim, ajudá-la a se organizar. “Essa rotina precisa ser pensada e elaborada de um jeito que a criança entenda”.

Além do cumprimento da rotina, é importante que a família se engaje mais nas atividades diárias que serão realizadas com a criança, para além do brincar e dos momentos de estudos. “Os pais também podem trazer a criança para participar das atividades domésticas, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e independência”.

Na escola, a equipe pode e deve se utilizar de pistas visuais para facilitar a compreensão das crianças. Os professores podem verificar com a família se há algum objeto ou atividade que as regularize e acalme. “Serve para ser utilizado no início e retirado gradativamente, conforme a adaptação ao ambiente, às pessoas e à rotina vá acontecendo”.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *