Pelo mundo, pandemia deixa artistas de circo no limbo

Direitos de autor Kenzo TRIBOUILLARD / AFP

Em situações normais, o Circo Zavatelli visita trinta cidades todos os anos. No entanto, desde o início da pandemia que o circo se encontra encerrado na Bélgica ou funciona apenas parcialmente.

O circo emprega 25 pessoas. Alimentar os animais custa 500 euros por semana, um orçamento enorme para um circo familiar.

Para os artistas deste circo, o fim das viagens e dos aplausos do público representa um problema.

“Nós somos um circo itinerante e viajamos de cidade em cidade. Se isso não acontece, então é a morte do circo. Não tem mais vida”, afirma o acrobata e apresentador Kevin Dubois.

“Já tivemos pequenos problemas como a gripe das aves, coisas dessas, mas isso durava 15 dias, três semanas. Mas ficar perto de um ano sem poder dar espetáculos, felizmente isso nunca aconteceu antes”, adianta o diretor do Circo Zavatelli, Simon Dubois.

A tenda grande do circo permanece desmontada, os acrobatas treinam no exterior mas Nicky Dubois já desistiu de treinar por falta de condições.

“Para mim não é possível. Preciso da tenda montada porque senão não consigo andar à roda. Receio que no dia em que regressar possa ter vertigens por ter perdido a prática. Preciso de voltar a treinar porque se perco a prática está tudo acabado”, confessa o acrobata da “Roda da Morte”.

Apesar das dificuldades, estes profissionais do espetáculo não desistem e estão a aproveitar o tempo para a manutenção dos equipamentos.

Todos anseiam pelo regresso às luzes da ribalta. No entanto, a chegada do inverno significa mais um interregno de três meses.

 

Fonte: Euronews

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