Pesquisa aponta benefícios da musculação entre pessoas idosas com sintomas de depressão

A prática da musculação por idosos não só auxilia na diminuição da gordura corporal e ganho de força e massa muscular, como também pode trazer benefícios à saúde mental, principalmente entre aqueles que já apresentam transtornos de ansiedade e depressão.

Esses dados foram confirmados por um estudo publicado na revista Psychiatry Research, neste mês de março, realizado por pesquisadores do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Iiepae).

“A musculação auxilia na melhora de diversos aspectos da vida, sejam físicos, cognitivos ou sociais”, explica o professor da academia Pulse João Souza. “A prática melhora a postura, previne quedas e diminui dores e fadiga”, diz.

Outros benefícios, de acordo com o profissional de Educação Física, estão ligados à memória, tempo de reação, coordenação e também interação social. “Os treinos de força ainda reduzem o risco de doenças cardiovasculares, metabólicas e musculoesqueléticas, gerando mais autonomia e autoestima”, reforça.

Para idosos sedentários que querem começar, o professor da Pulse orienta que o início seja gradual. “Trinta a 40 minutos de treino por dia já são suficientes, com exercícios por blocos”, explica João.

Os blocos podem ser divididos em: aeróbico (cinco minutos de esteira ou bicicleta ergométrica); alongamento e mobilidade (10 minutos); equilíbrio (cinco minutos) e musculação (10 a 20 minutos).

“O ideal é que o treino seja misto, com exercícios de membro superior e inferior, evitando aquelas dores do dia seguinte”, afirma o profissional. “Com o passar do tempo, podemos progredir em volume e intensidade”.

Para João, é essencial buscar exercícios funcionais e úteis à rotina, como aqueles que realizam o movimento de sentar e levantar, por exemplo.

Sobre a frequência dos treinos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que seja de no mínimo três vezes por semana. “Quanto mais, melhores os resultados, mas sempre levando em consideração as condições de saúde e limitações”, destaca o professor.

Por fim, ele recomenda que, se possível, o treino de força seja intercalado com exercícios aeróbicos, que podem ser caminhada na rua ou na esteira, bicicleta ergométrica, dança, pilates, yoga, hidroginástica etc.

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