PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: COMO O EXERCÍCIO FÍSICO PODE CONTRIBUIR PARA O ANTICAPACITISMO

O termo capacitismo tem sido cada vez mais ouvido hoje. Com o avanço das pesquisas, legislações que garantem direitos às pessoas com deficiência, atuação de influenciadores nas redes sociais, dentre outros aspectos, é possível perceber mudanças, mesmo que aos poucos, na cultura de que este indivíduo não é capaz.

Quando o assunto é a prática de exercícios físicos pelas pessoas com deficiência, também é preciso quebrar tabus: a ideia de que são inferiores às pessoas sem deficiência carrega um referencial equivocado de perfeição e muito preconceito.

“A prática de exercícios físicos, para qualquer indivíduo, deve trabalhar uma perspectiva de respeito aos limites, de que o seu máximo é o melhor a ser feito”, afirma o profissional de Educação Física e professor da Pulse Victor de Jesus.

Ele acompanha o jornalista, influenciador e escritor Fernando Campos, 29 (FOTO), que treina na academia há quase um ano e sempre foi adepto dos exercícios físicos e esportes.

Fernandinho, como é mais conhecido, é pessoa com deficiência visual e não abre mão de manter o corpo em movimento. Além da musculação, já fez crossfit, calistenia, judô e natação.

“Acho super importante para a questão estética e saúde”, diz. “Me sinto bem, gosto da vibe da academia, da troca, do resultado no meu corpo e também do ganho em noção de espaço e percepção do ambiente, que, para mim, como pessoa com deficiência visual, é muito enriquecedor”, ressalta.

No Brasil, a prática de esportes por pessoas com deficiência física começou somente na década de 1950, com o basquete em cadeira de rodas. Esta modalidade fez com que outras práticas de atividades físicas e esportivas fossem possíveis, contribuindo para quebrar paradigmas.

“Fernandinho é um aluno muito livre e dedicado”, diz o professor. “Além dos benefícios para a saúde física, o exercício tem inúmeros ganhos na saúde mental de quem pratica e promove a integração das pessoas com deficiência no espaço da academia e da sociedade, contribuindo no combate ao capacitismo”.

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