Petrobras vai ao Oriente Médio tratar de refinaria no Nordeste

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Durante sua viagem no Oriente Médio esta semana, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, está explorando possíveis parcerias em setores nos quais a empresa pretende reinvestir após reduzir sua participação nos últimos anos, como petroquímica, distribuição de combustíveis e refino.

Durante uma reunião com o CEO e presidente do conselho de administração da Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, o executivo discutiu oportunidades de parceria para reativar a operação da refinaria de Mataripe (BA), atualmente operada pela Acelen, empresa controlada pelo fundo soberano de Abu Dhabi, que adquiriu a refinaria privatizada pela Petrobras no governo Bolsonaro.

As discussões também abordaram os investimentos no projeto de biorrefino da Acelen, para o qual a Mubadala formalizou uma proposta à Petrobras em dezembro. As equipes das empresas estão colaborando para desenvolver os novos negócios em biorrefino. Internamente, a Petrobras está realizando uma auditoria da venda da refinaria, que ocorreu abaixo das estimativas de mercado.

Mudanças nas operações

Ao mesmo tempo, Jean Paul Prates anunciou em suas redes sociais que as equipes intensificarão os trabalhos após o Carnaval. Dessa forma, finalizar a nova configuração societária e operacional até o primeiro semestre de 2024. Detalhes adicionais e progresso atual estão em sigilo até a conclusão do processo.

A Acelen estima um investimento de cerca de US$ 2,5 bilhões na planta de biorrefino para produzir combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel renovável na Bahia. Inicialmente, os derivados serão feitos a partir de óleo de soja e milho, mas a empresa planeja usar macaúba, uma planta nativa brasileira, no futuro. A produção está prevista para começar no segundo semestre de 2026, com capacidade para 20 mil barris por dia.

REDAÇÃO  do NE9, com EPBR

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