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Final de ano costuma ser tempo de planejamento e mudanças, ainda mais em um contexto desafiador de isolamento e pandemia. Uma das questões mais importantes para as famílias é decidir a escola para matricular os filhos, principalmente pais de autistas ou crianças que precisam de acompanhamento especial.
Para a psicóloga Fabiane Gomes, analista do comportamento no Núcleo Desenvolve, fatores importantes devem ser levados em conta no processo de escolha. “Planejamento pedagógico individualizado, acompanhamento pedagógico e avaliação frequente da evolução do aluno devem ser muito bem observados”, destaca.
“Além disso, também devem ser analisados a participação dos pais, cuidadores e terapeutas, o cronograma, a rotina, se há a presença de auxiliar de apoio pedagógico e se há materiais didáticos adaptados”, completou Fabiane.
Ela ressalta que o papel da família junto à escola é essencial no processo de aprendizagem. “Pais e cuidadores têm uma participação importantíssima no processo pedagógico e social da criança ou adolescente”, afirma. “É preciso ter continuidade e estimulação em ambiente familiar, assim como interação com os profissionais educacionais”.
Sobre a presença de um acompanhante terapêutico, a psicóloga explica que é diferente do auxiliar pedagógico. “Neste processo, um não elimina o outro, ambos são importantes para o desenvolvimento do estudante”, reforça. “O acompanhante terapêutico estimula a criança em estratégias que favoreçam seu aprendizado dentro e fora da sala de aula e é necessário quando o aluno apresenta dificuldades que impactam na sua qualidade de vida”.
Por fim, a respeito da dificuldade que alguns pais podem enfrentar na hora de matricular o filho, Fabiane lembra que o direito à educação e inclusão é para todos e precisa ser garantido. “É importante que as famílias busquem orientação jurídica, pois não se pode negar matrícula ou dificultar tal processo diante de um diagnóstico de autismo”.
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