ADEUS A JÁCIO MAMEDE GALVÃO

 

Por Celso Cruz

Um homem fincado às raízes
Um matuto caricato
O cheiro e gosto do mato
Adubava o seu viver
Podia-se perceber
No lazer, na sua lida
Que foi na escola da vida
Que ele fez seu doutorado
Cristal bruto lapidado
De alma livre e aguerrida

Gostoso o seu papear
Era Sertão a sua essência
Demonstrava sapiência
E muito amor no que fazia
Sua esposa, sua Guia
Indispensável ao timoneiro
Sua luz, seu candeeiro
Era um ser iluminado
Amava a vida de gado
Era um eterno vaqueiro

De apelido Pitoco
Gigante de coração
Firmeza em cada ação
Perseguia o seu sonhar
Harmonioso no lar
Amante da simplicidade
Fiel à sua verdade
Sem se deter a lamentos
Curtia seus bons momentos
Brindando a felicidade

Orgulhava-se da família
Bom filho, pai e irmão
Sou origem, sou sertão!
Bradava ele orgulhoso
Sempre esperançoso
Como um bom sertanejo
Um vaqueiro com traquejo
Na arte do vaquejar
Gostava de cavalgar
De poesia e do versejo

Amante da boa música
De uma boa amizade
Mostrava felicidade
O seu sorrir era um cantar
Entristece-me constatar
Que fica mais pobre o sertão
Desejo com emoção
Meus sentimentos aos seus
Foi para os braços de Deus
JÁCIO MAMEDE GALVÃO.

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Comentários (3)

  • Arao Responder

    Tive o prazer de conhecer esse grande homem.

    22 de julho de 2020 at 11:47
  • Maria Goreti Lopes De Goes Responder

    Belíssima homenagem a Jácio. Conheci-o criança, quando estudava em Acari e d. Maria José, sua genitora, era Diretora da Escola Normal. Meus sentimentos de pesar à família enlutada. Que Deus, em Sua infinita misericórdia, o acolha no Seu Reino.

    14 de julho de 2020 at 20:00
  • Teresa Cristina Santos de Freitas Responder

    Lindo Poema

    14 de julho de 2020 at 18:27

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