Por Celso Cruz
O dedilhado do canhestro
É mais próximo ao coração
Daí porque o violão
Soa mais puro, mais belo
PENSE! Parece ingênuo, é singelo
Foge a lógica e é normal
Conheci o magistral
Chico Soares, o Canhoto
Uma alma de garoto
Era um gênio musical
Um exímio musicista
Exemplo de simplicidade
Sua musicalidade
Chegava a transcender
O que brotava do seu ser
Era a mais pura emoção
Trespassava a razão
Com acordes de magia
Que demonstrava a harmonia
Do seu eu e o violão
Musico autodidata
O seu tocar traduzia
Uma alma em harmonia
Com o seu belo coração.
Era o seu violão
Um tradutor de sentimentos
Só ouvidos mais atentos
Conseguia perceber
A grandeza do seu ser
Traduzida em movimentos
Uma aflorar de poesia
Surgia no seu tocar
Seus acordes um bailar
De bemóis e sustenidos.
Logo compreendidos
Por alma e coração
Sua satisfação
Demonstrada em seu sorrir
Nos fazia evoluir
E voar sem direção
Era sempre “Coringuinha”
Seu carinhoso chamar
O seu amor no tocar
Era pureza, candura
Fugia da partitura
Com um irresponsável saber
Conseguia-se perceber
Da alma sua verdade
Canhota Felicidade
Em um constante florescer.
(Celso Cruz – Brocoió)
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