Ferrari: Veja o que é fato no filme que mostra a vida turbulenta do empresário

Enzo Ferrari: Realidade e ficção – Rainer W. Schlegelmilch e Divulgação

Em cartaz nos cinemas brasileiros, Ferrari é o mais novo lançamento para os aficionados por filmes baseados em histórias reais. No longa-metragem, o público acompanha parte da vida íntima e pública de Enzo Ferrari, que fundou a fabricante italiana de carros esportivos de luxo.

Embora deixe de fora boa parte da vida do empresário, o filme se concentra no período de 1957, quando Enzo enfrentou uma crise nos negócios e se aproximava da falência. Ao mesmo tempo, lidava com o fracasso no casamento e uma amante que queria reconhecimento.

Assim como muitos filmes e séries baseados em fatos, fica a dúvida se os eventos apresentados são verdadeiros. Pensando nisso, separamos o que é fato no longa-metragemdo cineasta Michael Mann.

Atenção: os próximos parágrafos podem apresentar spoilers do filme.

1. A amante

Sem dúvidas, a personagem Lina Lardi (Shailene Woodley) chama atenção de quem assiste ao filme. Na história, ela, é apresentada como amante do empresário italiano e até mesmo teve um filho com Enzo (Adam Driver). O affair é fato.

Lina Lardi no filme Ferrari – Divulgação

Embora fosse casado com Laura Garello (Penélope Cruz) desde 1923, o fundador da Ferrari tinha uma vida dupla. Ele conheceu a jovem Linda no final dos anos 1930, explica o Usa Today.


2. Morte do filho

Um evento devastador na vida íntima de Enzo Ferrari aconteceu em 1956. Na época, ele encarou a morte do seu filho, Alfredo, apelidado de Dino.

Dino Ferrari ao lado do pai, Enzo /Crédito: Domínio Público

Eles compartilhavam a mesma paixão por automóveis, e Dino deveria assumir o papel de liderança na fabricante de carros, entretanto, faleceu em 1956, aos 24 anos, após complicações ocasionadas pela distrofia muscular. O óbito abalou o casamento de Enzo.


3. Filho com Lina

Embora fosse de conhecimento de um número restrito de pessoas, Enzo teve um filho com Lardi. Piero, que nasceu em 1945, é hoje o vice-presidente da Ferrari. Com as leis rígidas da Itália, o empresário italiano permaneceu ao lado de Laura até 1978, ano que marcou a morte da esposa. Assim, ele reconheceu o rapaz como filho.

Piero Ferrari – Getty Images

4. Falência?

Fundada em 1939, a Ferrari passou por uma crise financeira em 1957, explica o USA Today. De fato, a companhia italiana lançava carros para pessoas abastadas, entretanto, a escala de produção na época não era suficiente.

Somado aos custos altos que envolviam as corridas, a saúde financeira da Ferrari foi abalada. Assim, o empresário apostou tudo na Mille Miglia, uma corrida disputada em vias públicas na Itália. A vitória poderia chamar atenção para a marca e atrair clientes.


5. Corrida trágica

Outro momento chocante do filme se passa durante a corrida em questão, em 1957. O evento, famoso na Itália, terminou em tragédia naquele ano. A Scuderia Ferrari venceu a disputa com o desempenho de Piero Taruffi, entretanto, precisou lidar com um desastre.

Enzo Ferrari jovem – Getty Images

Enquanto se aproximava do fim da corrida, o piloto Alfonso de Portago (Gabriel Leone), ao lado do copiloto, Edmun Nelson, sofreu um acidente. Na rodovia, o pneu do carro estourou ao passar por um olho de gato. O veículo capotou e atingiu as pessoas que acompanhavam a corrida na estrada.

Nove pessoas morreram, incluindo crianças. Após a tragédia, a corrida Mille Miglia foi proibida em vias públicas na Itália. Comprovada a fatalidade, a Ferrari foi absolvida das acusações.


6. O destino de Enzo

Embora a empresa tenha vencido a corrida, a saúde financeira da Ferrari não melhorou num passe de mágica. Uma década depois, a fabricante italiana ainda encarava dívidas. Assim, Enzo concordou em vender 50% de sua companhia para a Fiat, outra fabricante gigante do mercado.

Todavia, vale ressaltar que ele, ainda, tinha controle das atividades de corrida da Ferrari enquanto era beneficiado pelo dinheiro que entrou na empresa, que ajudou a companhia a se reerguer. Enzo faleceu em 1988, vítima de uma leucemia, aos 90 anos.

Para a despedida, deixou regras: queria apenas que a família presenciasse o seu sepultamento e a notícia de seu óbito só deveria ser divulgada depois de dois dias.

Fonte: Aventura na História/UOL

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