O fotógrafo e a poesia (Celso Cruz)

Foto: Ilustração

 

(Energia poética)

O fotógrafo tem a sua alma poética
Tem no clicar o olhar do coração
Nem sempre ver com o prisma da razão
Seu enxergar extrapola o racional
Transpõe as lentes com o seu emocional
O que resulta não é só fotografia
A alma capta e manda de cortesia
Uma leitura de incontáveis sentimentos
Em registro os memoráveis momentos
De um bailar de imagem de poesia.

Induzindo correlações emocionais
A poesia emerge sempre de bom tom
Impingida pelo ritmo e pelo som
Saídos da alma carregados de afetos
Leva sempre à lembrança de objetos
Transfigurando imaginações visuais
Produzindo associações emocionais
O eu adentra no âmago da poesia
Promovendo uma espécie de alforria
Levando-o a construir seu próprio cais

A poesia inebria e nos faz livre
Nos faz também clarificar o obscuro
Desembarcar achando ser porto seguro
Se recomenda fortemente o coração
Não importa se fugindo da razão
Vivenciando e dando asas a liberdade
É que na vida o que vale na verdade
É buscar dentro do simples o bem viver
Não perca tempo buscando entender
A poesia, o amor e a saudade

É a poesia, com o amor e a saudade
Subjetivos, íntimos, sem padrão
Desabrochar de alma e coração
Impar, inexplicável, singular
É a dor, é o gemido é o cantar
É o prazer, um sentir falta, um bem querer
É um recíproco doar e receber
É um somar de angustia e sentimento
É um voar a favor e contra o vento
É o sentido da vida, é o viver.

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