Era tão bom quando contava o pouco dinheiro que eu economizara para viver a alegria do ARPÈGE. E quando me sobrava para ouvir Núbia Lafaiete na radiola-de-ficha meu prazer de bemol ia a sustenido.
– eu estava ali tomando o dinheiro daquele besta para gastar com a gente.
Dizia a minha amada, filha da noite. E eu me transportava para os braços da felicidade depois da tristeza daquela meia hora de infortúnio lírico. Eu pagava o salão. Nós dois íamos felizes pelos becos da Ribeira cantando e contando nossos pelos e apelos.
Perdi o Arpège , templo no qual consolidei minha heterossexualidade.
Canta NÚBIA , canta minha DOR:
Deixe um comentário